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sexta-feira, 4 de novembro de 2022

"DESOBEDIÊNCIA CIVIL NÃO SAIRÁ DO MEU BOLSO", DIZ O DONO DA JOVEM PAN


A eleição de Lula é pra mim um marco, porque representa o fim da distopia forjada pela extrema direita para manipular, cegar e criar uma tropa de seguidores fanáticos. Fanatismo não tem só na extrema direita, como também não é só na política sabemos disso.

Uma das formas utilizadas historicamente para manipular é através da imprensa. Assim, a Jovem Pan, canal que se transformou num grande veículo da extrema-direita, ganhou adeptos ferrenhos, que chamavam a Globo de Lixo, como se a verdade estivesse na Jovem Pan. Afinal, seus jornalistas diziam o que essas pessoas queriam ouvir.

Fato é que durante o período eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido pelo ministro Alexandre de Moraes, foi acionado por vários partidos, ligados aos candidatos que concorriam ao pleito, protestando contra divulgações que supostamente não condiziam com a realidade, fake news e outras situações.

Nessa seara, o Tribunal Superior Eleitoral determinou que a empresa - JOVEM PAN - se abstivesse de promover inserções e manifestações que diziamm que Lula mente a respeito de ter sido inocentado pela Justiça, com multa fixa de R$ 25 mil a cada infração. Além disso, concedeu três direitos de resposta ao petista.

Isso se deve ao fato de que Lula não foi condenado definitivamente em nenhuma das dezenas de processos pelos quais passou, sendo constitucionalmente considerado um cidadão inocente. Sim, porque segundo a Constituição Federal, pelo princípio da Presunção de Inocência, o cidadão só pode ser considerado culpado se for condenado com trânsito em julgado, ou seja, condenação definitiva. O que não ocorreu! 

Daí, os opositores irados começaram a dizer que a Jovem Pan estava sendo CENSURADA. Só que não. O jornalismo pode ter opinião, pode ter lado, mas não pode sair por ai divulgando fake news, mentiras, acusações falsas, impunemente.

A prova disso, foi que após as eleições houve uma chuva de demissões na Jovem Pan, segundo matéria divulgada o dono da JP, o empresário Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, dono do grupo, disse em reuniões internas que "a desobediência civil não sairá do meu bolso".

Essa foi a manifestação clara do Tutinha de que estaria se eximindo do descumprimento de ordens dos tribunais, as demissões seguem na mesma linha de manter o canal vivo, mas não mais dominado pelo financiamento bolsonarista.

O que ratifica a posição do TSE e demonstra que o canal quer sobreviver, no sentido de seguir fazendo jornalismo, não mais de cunho bolsonarista. Por isso, todos os jornalistas dessa linhas foram demitidos! 

Pergunta que não quer calar: o TSE exerceu censura ou cumpriu a lei? Obviamente cumpriu a lei.

Leia mais na matéria da Bnews, de Guilherme Seto, aqui, ou na Folha de SP, aqui.

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