O blogue tem insistido no tema, porque na crise atual nada mais oportuno que destacar um dos poderes administrativos e necessários, diria fundamentais das lideranças políticas, a comunicação.
Ao final da postagem disponibilizaremos os links para algumas postagens anteriores que trataram do tema.
A Uol publicou a matéria intitulada "Por que o Nordeste registra a menor taxa de mortalidade pela covid em 2021", de autoria do colaborador Carlos Madeiro, cujo tema é o sucesso da gestão da pandemia no Nordeste brasileiro, que hoje puxa a taxa de mortalidade para baixo, apesar de números elevados no Sul e Sudeste brasileiros.
Em 2020, quando a pandemia começou a se alastrar no país, o Nordeste lançou um comitê científico para ajudar os governos a tomarem medidas de prevenção contra a covid-19. Lançaram campanhas em massa alertando sobre a necessidade de distanciamento, uso de máscara e álcool em gel. A região também foi a primeira a ter uma metrópole a realizar um lockdown —no caso, São Luís.
Com medidas mais rígidas e uma comunicação mais forte do que em outras regiões, o Nordeste registra hoje a menor taxa de mortalidade pela covid-19. Em 2021, por exemplo, essa taxa está em 49 por 100 mil habitantes, 37% menor do que a média nacional no mesmo período, que chega a 78 por 100 mil habitantes. No Sul, líder no índice, o número chega a 109 por 100 mil.
"O Nordeste hoje é quem puxa hoje a mortalidade do Brasil para baixo", diz André Longo, secretário de Saúde de Pernambuco e vice-presidente do Nordeste do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde).
A taxa de mortalidade do Nordeste na pandemia era de 134 por 100 mil na última quinta-feira (15). Os três estados com menores taxas de mortalidade na data eram do Nordeste: Maranhão (95 para cada 100 mil), Bahia (114) e Alagoas (117). A média nacional na data ficava em 174 para cada 100 mil pessoas. Desde o início da pandemia, segundo os números oficiais do Ministério da Saúde, a região registrou até a quinta-feira 76 mil dos 365 mil óbitos —o equivalente a 21%. Longo afirma que o resultado se deve, em partes, porque a região se articulou desde o início e ouviu mais a ciência. Mas ele reconhece que, mesmo com uma situação melhor que outras regiões, o cenário é crítico no Nordeste.
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A revista científica The Lancet afirmou ainda que o Nordeste é o melhor exemplo de medidas restritivas com sucesso no país, mesmo sendo uma área com grande vulnerabilidade social.
A médica e pesquisadora Fernanda Grassi, da Fiocruz da Bahia, ressalta que o resultado do Nordeste chama ainda mais a atenção porque a região tem uma disponibilidade de leitos de UTI menor que Sul e Sudeste.
"Essa menor mortalidade deve estar relacionada à postura adotada pelos governos, que desde muito cedo criaram um comitê científico com pessoas de grande experiência no controle de epidemias. Houve, sem dúvida, uma maior busca de seguir a OMS (Organização Mundial da Saúde) para mitigar essa epidemia,
A matéria completa pode ser lida aqui. Essa experiência é um caso empírico que demonstra, que além de questões técnico-científicas ligadas à atenção à saúde especificamente, a comunicação e a liderança política com opções corretas de ação e diálogo com a população contribuem para a eficácia das ações públicas diante de uma crise. É algo elementar na gestão pública! Porém, nem sempre levada à sério, por incompetência ou omissão, falta de prioridade.
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