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domingo, 8 de maio de 2022

DIAGNÓSTICO FIRJAN DO MERCADO AGROFLUMINENSE

Um estudo encomendado pelas federações das Indústrias do Estado do Rio (Firjan) e da Agricultura do Estado (Faerj) à Fundação Getúlio Vargas Agro, diagnosticou o agronegócio fluminense – que ao longo de 25 anos, perdeu R$ 1 bilhão em valor de produção e teve a maior redução de área plantada do Brasil.

O “Diagnóstico do Agronegócio Fluminense”, apresentado na última reunião do Conselho Empresarial de Agronegócios, Alimentos e Bebidas da Firjan, é o primeiro passo na busca por um plano de ação para revitalizar as cadeias produtivas do agronegócio fluminense, tendo em vista que o Rio é o segundo maior mercado consumidor do Brasil.

O estudo mostra o Rio na última colocação do país em quantidade de área plantada. Ao longo de 25 anos, de 1995 a 2020, a queda foi de - 62,4%, a maior redução do Brasil - enquanto a média nacional aumentou em proporções semelhantes (+ 60,8%), o que gerou uma perda de R$ 1 bilhão no período, considerando os dados já deflacionados. Em termos de valor real de produção, o Estado do Rio está na antepenúltima colocação (- 32,2%). Para o Conselho de Agronegócio da Firjan, esta é uma amostra da urgência em se recuperar o setor, que tem um enorme potencial, após décadas de falta de investimentos dos governos e da ausência de políticas públicas voltadas ao Agronegócio e à Indústria de Alimentos.

Em versão preliminar, este foi o primeiro módulo do “Diagnóstico do Agronegócio Fluminense”. O próximo passo é uma análise por parte dos membros do Conselho de Agronegócios da Firjan, que vão eleger cinco principais cadeias produtivas para serem alvo de um segundo módulo do estudo, com o objetivo de se aprofundar nos dados e definir as propostas de políticas públicas e desenvolvimentistas em prol do setor.

Um exemplo da queda de produção – e do potencial – do agronegócio fluminense se revela em itens como ovos e leite, dos quais o Rio se tornou grande “importador” de outros estados. Em 2020, a estimativa de consumo anual no estado foi, respectivamente, de mais de quatro bilhões de unidades e 2,8 bilhões de litros – enquanto a agroindústria fluminense produziu 216 milhões de unidades e 443 milhões de litros. Ou seja, a produção fluminense é capaz de atender apenas 5,4% da demanda interna de ovos, e 15,4% da de leite - o que, por outro lado, demonstra o tamanho do potencial de desenvolvimento da agroindústria do Rio.


Café: Rio tem a sexta maior produtividade do país

O estudo também destaca os produtos que mais têm valor de produção no agronegócio fluminense, como o café arábica: o Estado do Rio está entre as seis unidades da federação com maior produtividade, e alcançou a segunda maior área plantada do estado (11,2%) – atrás apenas da cana-de-açúcar (48,4%). Mas o café germinado em solo fluminense representa apenas 0,4% do valor de produção agrícola nacional.

Um dos exemplos do potencial fluminense vem do Noroeste, responsável por cerca de 80% da produção de café do Rio, num total de R$ 75,8 milhões em receita anual. Só o município de Varre-Sai responde por 45% do cultivo estadual, de acordo com a Emater-Rio. Para chegar ao atual patamar, os produtores locais investiram em genética de mudas, controle sanitário das lavouras e fertilidade do solo.

Para os conselheiros que acompanharam a apresentação do estudo, alguns dos principais entraves para o desenvolvimento da agroindústria são a concorrência tributária e a cadeia de insumos, já que o Rio é dependente de outros estados – o que encarece o custeio e diminui a competitividade da agroindústria fluminense.

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