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sábado, 7 de janeiro de 2012

NORTE FLUMINENSE: ROMPIMENTO DE DIQUE E O ALERTA DE SOFFIATI

Imagem da BR 356, onde rompeu uma "estrada dique", que alagou Três Vendas, em Campos dos Goytacazes-RJ

Deu no Estadão:

Pesquisador sugeriu transferência de moradores de área alagada em 2009
Especialista diz que área onde fica Três Vendas, em Campos, é propícia a enchentes
05 de janeiro de 2012 | 21h 08
Felipe Werneck - O Estado de S.Paulo

RIO - O pesquisador Arthur Soffiati, do Núcleo de Estudos Socioambientais da Universidade Federal Fluminense (UFF), disse nesta quinta-feira, 5, que propôs ao Ministério Público e à prefeitura de Campos dos Goytacazes em janeiro de 2009 a transferência de todos os moradores da localidade de Três Vendas para um trecho mais alto conhecido como Colina, que fica a 500 metros de distância, por causa das inundações recorrentes.


"Estão fazendo agora provisoriamente o que eu propus como solução permanente", comentou Soffiati sobre a retirada às pressas de 700 famílias que vivem na comunidade, por causa da iminência de inundação da área urbana. O pesquisador disse que foi chamado pelo MP para preparar um relatório após o rompimento do dique do Rio Muriaé ocorrido em dezembro de 2008.

"Fui a uma audiência pública e quase apanhei", contou o professor. "Tentei argumentar que muitos moradores perdiam tudo todo ano e que o objetivo era evitar isso. A proposta foi corroborada pelo órgão técnico do MP, mas acabou sendo rejeitada."

Soffiati propôs que a mesma solução fosse adotada progressivamente no município de Cardoso Moreira, que tem 12 mil habitantes. "Pelo menos 80% da cidade, que também fica no leito do Rio Muriaé, costuma ficar embaixo d'água. Seria um plano de longo prazo." Para o professor, a recorrente destruição e ocupação de áreas de várzea pela água indica que a BR-356 foi construída de maneira inadequada.

"As inundações na região do Rio Muriaé são recorrentes e a estrada deveria ter sido projetada para que não sofra rompimento. A culpa não é de São Pedro", acrescentou o engenheiro geotécnico Alberto Sayão, professor da PUC-Rio e ex-presidente da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos (ABMS), lembrando que o rompimento de 2008 deveria ter servido de alerta.

"A estrada não está preparada para cheias e é possível que vá romper em outros trechos. Deve ser feita uma avaliação para que seja refeita em condições adequadas."

*****

Aqui, o relatório do professor Arthur Soffiati entregue ao MP.

Informações divulgadas no blogue do professor Roberto Moraes.

Um comentário:

Luiz Carlos Martins Pinheiro disse...

Amiga Angeline

A construção de diques como proteção de áreas baixas contra enchetentes vem sendo adotada, com sucesso e insucesso, através dos tepos e do mundo.

A mais célebre é da Holanda com imemso território 5 m abaixo do nível do mar. Ninguém melhor do que os holandeses em tecnologia e experiência para tais empreendimentos.

Contudo vez por outro as águas o derrotam e ainda as perdas são fantáticas. Cogitam mesmo de limitar suas proteções com digues.

Eles enfretam as chuvas e o nível do mar.

Os diques têm prós e contras. Não podem ser adotados como solução milagrosa.

Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.

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