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quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

MIRACEMA: ASSOCIAÇÃO REÚNE AMIGOS DO CENTRO HISTÓRICO

FUNDADA A ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS DO CENTRO HISTÓRICO DE MIRACEMA




É desnecessário enaltecer nesta coluna o valor da paisagem de Miracema e do Patrimônio Cultural que ela carrega. Da mesma forma, tratamos sempre das ameaças e riscos que esse conjunto está sujeito. Temos clareza de que as escolhas futuras de desenvolvimento no município precisam respeitar as conquistas do passado que fizeram da cidade este lugar especial.
Duas conquistas importantes estabeleceram bases legais para essa proteção da paisagem: os Tombamentos realizados em duas esferas administrativas, uma pelo governo municipal (1995), e outra pelo governo estadual (2009). Este segundo, delimitou com clareza um perímetro destinado a um grau maior de preservação da paisagem com regras específicas: a área de ambiência dos bens tombados do Centro Histórico.
Desde então, o poder público, entidades e particulares passaram a conviver com essas normas, ora fazendo esforços para atendimento da legislação, ora driblando-a, alegando desconhecimento ou desconfianças quanto a esta importante política de desenvolvimento. Nesses casos a atuação do INEPAC e outras entidades públicas tem se mostrado ineficientes.
Em busca de uma aproximação: sociedade - patrimônio, fundou-se, no último dia 16 de novembro, a ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS DO CENTRO HISTÓRICO DE MIRACEMA, com finalidade de promover ações educativas com palestras, debates, oficinas e publicações. Além disso, terá independência necessária para enfrentar desafios que são próprios da sociedade civil e que precisa desse tipo de estrutura legal para avançar. Além da preservação em si dos bens tombados, ocorrem problemas difusos, relacionados a excessos da publicidade, desrespeito a natureza e as regras de posturas municipais e da ordem pública que são tratados com menor importância, mas afetam, negativamente, o conjunto e precisam ser objeto de enfrentamento.
Trata-se assim, de uma associação civil, de caráter cultural, sem fins lucrativos, tendo como critério para admissão o engajamento com a preservação e salvaguarda do nosso patrimônio cultural. A participação se dará através de avaliação realizada por uma comissão nomeada especificamente para esse fim. Os interessados em participar deverão procurar a diretoria que promoverá a inscrição.
A reunião de fundação, aconteceu no Centro Cultural Melchíades Cardoso e contou com a presença do Secretário Municipal de Cultura e Turismo, Dadade Tostes, grande entusiasta da causa preservacionista, que colocou a Secretaria à disposição da recém-criada associação. Na oportunidade, reafirmou que “este é o legado que nós recebemos de nossos antepassados, o qual é nosso dever valorizar e transmitir às futuras gerações com sustentabilidade”.
Após a leitura foi aprovado o Estatuto que regerá a Associação de Amigos do Centro Histórico de Miracema e eleita a seguinte diretoria: Presidente: Marcelo Salim de Martino, Vice: Lia Marcia de Paula Bruno, 1º Secretário: Carlos Eduardo Fíngolo Tostes, 2º Secretário: Roseli Maia Silva da Cunha, 1º Tesoureiro: Tanúscia Félix Lopes, 2º Tesoureiro: Gustavo Oliveira Tostes, Assessor Jurídico: Simone de Paula Cardoso Marques , Assessor Técnico: Luciano Caetano, Conselho Fiscal: Antônio Carlos Lopes da Silveira, Tânia Maria Picanço Monteiro Kelen Ferreira, Ana Elvira Utrini Vieira Constâncio suplentes: Jacqueline Maria Tostes da Silveira, Marcia Helena de Paula Nogueira de Morais, Celeste Alzira Dezidério.
Participaram também da fundação da Associação, o artista plástico Oscar Garcia da Rosa e Cristiana Figueiredo Corsini. O Presidente eleito, agradeceu a todos os presentes e ressaltou que a Associação era uma antiga meta que somente agora se concretizou. Está sendo criada num momento muito importante para a cidade que tem procurado se firmar no turismo cultural e de eventos. “A criação desta Associação será de grande relevância para garantir que o patrimônio cultural, especialmente o Centro Histórico, seja preservado, uma vez que envidará os esforços necessários não só para promover a salvaguarda desse conjunto de bens, mas também para cobrar ações mais severas das instituições oficiais com punições para aqueles que insistirem em continuar em descumprir a legislação que rege a matéria”.

Por Marcelo Salim de Martino
Jornal Liberdade de Expressão, ed. 270, nov/22, p.8

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