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sábado, 6 de junho de 2009

MOMENTO POÉTICO: VALORES DA NOSSA TERRA

Não poderíamos deixar nosso blogue sem o "Momento Poético". Para inaugurar esse espaço trazemos o tema: "Valores da Nossa Terra". O homenageado é o poeta miracemense GILBERTO BARROSO DE CARVALHO. BIOGRAFIA: Gilberto Barroso de Carvalho, ou Gilto, filho da professora Rosa Barroso de Carvalho e do jornalista friburguense Firmino de Carvalho, nasceu em Miracema aos 23 dias do mês de abril de 1892, faleceu na mesma cidade aos 24 dias do mês de fevereiro de 1926. Fez muitos semanários em Miracema, entre os quais "O Município" e "Nova Phase". Não só viveu uma vida acidentada de jornalista e político, como também de tribuno e poeta. Partiu dessa vida deixando justamente no último ano de sua vida um magnífico livro de poemas e sonetos, "PONTAS DE FOGO", que obteve elogios unânimes da crítica indígena. O saudoso Leôncio Corrêa chegou a dizer na época _ "o poeta ficara com as mãos vazias de flores na hora de ouro da primavera da vida". E, escrevendo sabia entender e explicar, cada estrela. Sobre a sua obra falaram aplaudindo, Osório Duque Estrada, Agripino Grieco, João Ribeiro e Povina Cavalcanti. Livro já esgotado desde 1930, a maior parte de sua edição foi empregada nos primeiros passos para a construção do atual Busto. * Biografia constante do Programa de Inauguração do Busto do Poeta,(foto do início dessa postagem) na Praça Dona Ermelinda. A inauguração ocorreu no dia 07/02/1960, às 10 horas. Como se comprova através do programa oficial da inauguração (fotos), a escultura foi obra do artista niteroiense Rômulo Martins de Melo. O evento, ocorrido em fevereiro de 1960, foi marcado por discursos de oradores inflamados, como o jovem estudante José Geraldo Antônio, então presidente da F.E.M. (Federação Estudantil de Miracema?). Em dezembro de 2008, foi inaugurado próximo ao referido busto, um monumento em homenagem ao Separatistas de Miracema (foto acima). A escultura representa "a águia cativa com asas nos ombros e grilhões nos pulsos", em referência a uma célebre frase do poeta separatista Gilberto Barroso de Carvalho: “Miracema Águia Cativa que sofre o martírio dos que vivem sentindo asas nos ombros e grilhões nos pulsos”. E para registrar o "Momento Poético", um soneto que à época (década de 1960) era inédito do poeta, traçado 2 dias antes de morrer (1926). O soneto consta de uma das fotos e pode ser lido direto na imagem, mas para evitar transtornos de leitura, vamos transcrevê-lo:

ASPIRAÇÃO

Eu quisera cantar a morte honrosa 
Do herói que tomba em campo de batalha. 
Ver a vida extinguir-se luminosa, 
Despedaçada, ali, pela metralha. 

Quizera uma epopéia esplendorosa 
Traçar para servir-lhe de mortalha, 
Beijar-lhe após a fronte majestosa 
Entre os clarões da rúbida fornalha. 

Quizera dar-lhe adeus numa elegia 
Em que a dor tenha esgares de procela, 
A rimbombar na voz da artilharia. 

Toda a glória eu quizera dar-lhe em suma! 
Mas como hei de cantar morte tão bela, 
Se eu nunca tomei parte em guerra alguma? 


Veja abaixo as imagens do "Programa de inauguração do Busto", de 1960.



























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