Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, um dos maiores exportadores de petróleo do mundo, vai escolher a dedo como ajudar ao vizinho Dubai, disse uma autoridades de Abu Dhabi no sábado.
"Nós vamos analisar os compromissos de Dubai e vamos avaliar caso a caso. Isso não significa que Abu Dhabi vai subscrever todos os débitos", disse a autoridade do governo de Abu Dhabi por telefone à Reuters.
A crise em Dubai teve início na quarta-feira, quando o emirado, renomado pela exuberância nos estilos de vida dos residentes e por um dos prédios mais altos do mundo, informou que iria atrasar os pagamentos de dívidas de uma de suas principais empresas, irritando investidores e provocando queda nos mercados.
"Algumas das entidades de Dubai são comerciais, semi-governamentais. Abu Dhabi vai escolher a dedo quando e onde dar assistência", disse a autoridade, que pediu para não ser identificada.
O Banco Central afirmou estar monitorando os eventos da crise de Dubai para tentar assegurar proteção à economia nacional, segundo um porta-voz da instituição no sábado.
Constitucionalmente, cada emirado é uma entidade legal separada dentro da federação e cada um controla seus recursos naturais e financeiros. O governo federal não tem acesso garantido aos recursos nem é obrigado a se responsabilizar pelas dívidas de cada emirado.
Abu Dhabi, que fornece 90 por cento do petróleo que faz dos Emirados Árabes Unidos o terceiro maior exportador de petróleo do mundo, já colocou 15 bilhões de dólares em ajuda indireta a Dubai por meio do Banco Central dos Emirados Árabes Unidos e de dois bancos privados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário