O que hoje testemunho é lamentável, porém não acredito em lamúrias, acredito em ação e reação, e me questiono o que fazer, o que Deus quer que façamos. O fracasso das ações globais nos remete a uma única alternativa, que é o sucesso nas ações locais. Devemos agir no local, não como ilha, porque hoje nem as ilhas estão a salvo, mas numa tentativa de diminuir as vulnerabilidades, e quando falo em diminuição de vulnerabilidade, falo em preparar o corpo para as pancadas que virão. Um povo preparado é um povo menos vulnerável e considero que hoje esse deva ser o principal objetivo das políticas públicas locais, atendendo o que é básico ao ser humano, água potável, solo fértil, ar puro, pois sem esse básico nenhuma política de desenvolvimento se sustenta e nenhuma política de saúde pública se consolida.
Portanto, o que me cabe hoje, dentro da minha enorme insignificância, é trabalhar o meu povo, os que me são próximos, tentando sensibilizar os que significam mais do que eu, sensibilizar no sentido de que precisamos arremeter todos os nossos esforços para ações que impactem diretamente na qualidade de vida da nossa população e que nos dê o que é básico. Acumular dinheiro não é básico, porque vai chegar a hora que todo o dinheiro dos EUA e da China juntos não irão comprar este básico. Estamos em um nem tão novo milênio, mas numa nova década, que precisa de respostas imediatas aos desastres e à fragilidade das pessoas e não podemos deixar que nos lancem, como marionetes, à sorte sombria que nos aguarda. Hoje, perplexa com o resultado, já esperado, da COP 15 me permito corrigir a máxima, dizendo que a hora é de: “Agir local para contaminar Global” positivamente, é claro!
Juliana Ribeiro Rodrigues
Bióloga
Nenhum comentário:
Postar um comentário