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segunda-feira, 1 de março de 2010

DISPUTA PRESIDENCIAL

Não sou especialista e nem gosto muito desse debate 'pontual' da política. Como ser social, integrada ao meio em que vivo, acompanho todo o debate sobre a eleição presidencial 2010.
Houve um tempo, quando não era eleitora, que havia claramente os militantes do PMDB, do PDS, os brizolistas e em geral sabíamos bem quem seriam os candidatos que ganhariam no primeiro turno ou no segundo. A força política dos candidatos, como foi o caso de Leonel Brizola, enganou muita gente nas apostas. Surgiu nesse cenário o PT, na década de 80, em que a figura de Lula fez toda uma transformação no movimento político até então existente. As eleições eram disputadas com a certeza de que o PT ainda não tinha maturidade suficiente e não iria captar recursos de campanha como capta um PMDB até hoje. Esse tipo de cenário, apesar de não ser do PMDB, elegeu Fernando Collor de Mello presidente do Brasil. 
Com o impeachment de Collor e várias mudanças ocorridas - nesse tempo já tinha direito ao voto - o PT cresceu, abocanhou parcela importante($$) de adeptos, inclusive marqueteiros e, enfim, o operário chegou ao cargo público máximo de nosso Brasil. Coisa que "nunca antes na história desse país".... 
O discurso esquerdista foi campeão e Lula está lá. Há 8 anos.
Hoje, a situação é diversa. Não temos mais um movimento brizolista, temos o lulista ('que não pode ser candidato'), os partidos e os políticos estão fragilizados ideologicamente e devido a várias ocorrências que tomaram apelido, como mensalões, cuecões etc. Não temos hoje um candidato que possamos dizer que é forte! Falando como eleitora, se tivesse dúvida no voto, votaria em "X", que é o indubitável campeão de votos. Esse cenário não existe mais.
Ideologicamente, pensaríamos: 'vamos votar na esquerda'. Que esquerda? 'Vamos votar na direita.' Que direita? Os pólos já não existem mais, convergiram todos ao centro.
Movimentos 'ismos', só o "Lulismo", que repito: 'não pode ser candidato', mas traz sua representante.
Então, o cenário atual apresenta o que chamam de eleição plebiscitária. De um lado a candidata do governo, do PT, do Lulismo, Dilma Rousseff e de outro lado, o candidato que representa a velha política do "Café com Leite", José Serra. A primeira é novata e nunca encarou uma eleição desse porte, o segundo já é experimentado, atual governador de São Paulo. A primeira técnica, o segundo técnico e com experiência de 'votos'. A primeira um tanto quanto 'dura' e o segundo também, não gozam de  empatia popular. Enfim, vamos aos partidos, sempre esquecidos quando chegamos às urnas. Na cabeça do brasileiro: PT - partido de Lula (Lulismo), PSDB - partido de FHC, mesmo que Serra não queira, o paralelismo é inevitável!
Então, a decisão fica nas mãos dos marqueteiros, que traçarão os programas de campanha e de governo. O de Serra será próximo do que está sendo feito por Lula, não há expectativas de mudança; o programa de Dilma, também deveria ser. Será? A impressão que tenho é de que está havendo um forte apelo para que o programa faça ressurgir o pensamento esquerdista do partido dos trabalhadores. Se é bom? Creio que não.
Enfim, por tudo isso vejo a eleição presidencial que se aproxima uma disputa bem difícil de previsão. O PT tem dois pontos muito contrários ao sucesso: a candidata e a permanência no poder (que é antidemocrático); o PSDB tem um trunfo, a possibilidade de um vice-presidente forte, Aécio Neves. (reforço do  "Café com Leite"). Por outro lado, as pesquisas apontam para um crescimento da petista, que conta com a popularidade do Lula. Acredito na transferência de votos, o que pode ser bastante favorável . Por certo, os debates e a campanha efetivamente é que decidirão os  resultados. Vamos ver no que vai dar! Que seja o melhor para o Brasil!

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