
A matéria intitulada "Another Silva" ("Outro Silva", em português) diz que Marina é uma candidata que parece ter "princípios demais" para enfrentar uma luta dura numa democracia gigante.
Segundo a reportagem, o que Marina perde por estar filiada a um partido pequeno, como o PV, ela tenta ganhar com sua força ética, correndo por fora na disputa. A revista cita recentes pesquisas que colocam Marina na casa dos 10% das intenções de voto, para concluir que a luta da candidata não será fácil. Mas que isso não é ruim, uma vez que muitos brasileiros, como eleitores de outros lugares, não contam, entre suas prioridades, salvar o planeta.
O texto diz que o principal tema da campanha de Marina é que o Brasil tem a responsabilidade moral de tornar-se um país de alta tecnologia com uma economia de baixo carbono, servindo de exemplo para outros países desenvolvidos.
A revista cita ainda a possibilidade do dono da Natura, Guilherme Leal, concorrer como vice-presidente na chapa de Marina Silva.
De fato o paralelismo traçado por essa tradicional revista britânica tem o seu quê de verdade. O que nos intriga é o discurso ético citado como diferencial. Marina tem mesmo esse perfil e que deveria ser levado em conta não só na campanha, como no tempo em que era ministra do Meio Ambiente. Mas, infelizmente, pelo que nos pareceu, não só no Brasil, "princípios demais" atrapalham, ao invés de serem benéficos.Não seria por isso que tudo acaba em 'ovo de Páscoa'?
Outra coisa intrigante é o fato de Marina ter sido uma das co-fundadoras do PT e hoje estar no PV. Para ela que tem 'princípios demais', após a desilusão com o ministério, talvez seja racional. Mas, e o partido? Terá princípios demais ou de menos, num possível segundo turno entre Dilma e Serra? Aí, que os princípios serão testados.
Justamente os ingleses citarem 'princípios demais' como problema também é muito preocupante.
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