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domingo, 22 de agosto de 2010

"Minha posição é de defesa intransigente do estado do Rio de Janeiro"

Seguindo a sequência de entrevistas que o Blog O Vagalume se propôs a realizar, apresentamos a entrevista com o candidato ao Senado Federal pelo Rio de Janeiro, Jorge Picciani, nº155.
"Jorge Sayed Picciani (Rio de Janeiro, 25 de março de 1955) é pecuarista e político. Tendo passado pelo PDT, e filiado ao PMDB desde 1995, é desde 2003 presidente da Assembléia Legislativa do estado do Rio de Janeiro. Antes disso, foi, durante 6 anos primeiro-secretário da Alerj, no período em que o hoje governador Sérgio Cabral presidiu a casa (1995-2007). No governo Brizola, foi secretário de Esportes e presidente da Suderj.
Caçula de 4 irmãos, pai padeiro e mãe doceira, Picciani nasceu no subúrbio do Rio (Mariópolis) e estudou no Colégio Pedro II, na cidade do Rio de Janeiro. Formou-se em duas faculdades: Ciências Contábeis, pela UERJ, e Estatística, pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE). Trabalhou como auditor fiscal e estatístico do IBGE. Quando ingressou na política, pelas mãos do constituinte Marcelo Cerqueira, então no PSB, já era produtor rural. Elegeu-se pela primeira vez em 1990 e reelegeu-se deputado estadual quatro vezes. Preside a Alerj desde 2003. Nas quatros vezes em que foi eleito (as votações para a Mesa Diretora ocorrem a cada dois anos), concorreu sozinho à Presidência e teve praticamente a unanimidade dos votos. Tem bom trânsito em todos os partidos. 
Picciani tornou-se pecuarista em 1984, quando adquiriu sua primeira fazenda, a Monte Verde, em Rio das Flores, no Sul Fluminense. A princípio, tratava-se de uma propriedade de leite e café, mas, nos anos 90, passou a dedicar-se à reprodução assistida de gado. Hoje, o Grupo Monte Verde (www.grupomonteverde.com.br), que concentra suas fazendas em Uberaba, Minas Gerais, e no Mato Grosso, é uma referência nacional em produção de alta genética para as raças Nelore e Gir leiteiro. O principal executivo do grupo é o zootecnista Felipe Picciani, 29 anos, o segundo dos três filhos (todos homens) de Picciani, que também preside a Associação Brasileira de Criadores de Nelore (ABCN), sediada em São Paulo. É o primeiro carioca a presidir a entidade em mais de 50 anos. O filho mais velho, Leonardo Picciani, 30, é deputado federal e o caçula Rafael, 24, ocupa a presidencia da Juventude do PMDB da capital (Rio) desde novembro de 2009. 
Picciani é casado com Marcia Picciani há 32 anos. Além dos tres filhos, é avô de 5 netos."
Biografia do Wikipedia


ENTREVISTA

Blog: Além do Prefeito de Miracema, o sr. tem algum apoio político no Noroeste fluminense? Quem seriam os apoiadores?

PICCIANI: Sim. Felizmente, conto com o apoio de todos os prefeitos do Noroeste fluminense, bem como de vereadores e parlamentares da região, que conhecem o meu trabalho à frente da Assembleia Legislativa e que puderam contar comigo nas horas boas – quando fizemos uma série de leis de incentivos fiscais que trouxeram desenvolvimento para as cidades –, e ruins, como por exemplo, na época das chuvas de verão, em janeiro de 2009, quando a Alerj doou R$ 20 milhões de seu orçamento para 20 cidades arrasadas pelas chuvas. Este dinheiro permitiu que as cidades pudessem fazer as obras emergenciais (que foram acompanhadas por uma comissão de deputados da Alerj) e voltar à vida normal. Para muitas cidades, foi o único dinheiro que chegou até hoje. 

Blog: Como presidente da Alerj e em virtude de seu apoio ao atual governo Cabral teve a oportunidade de conhecer os problemas do estado. Quais as possibilidades de desenvolvimento para o interior do RJ que o sr. vislumbra? (Norte e Noroeste)

PICCIANI: A saída para o nosso estado é viabilizar o crescimento de cada um dos 92 municípios levando em conta os potenciais de cada cidade e as demandas do País e do mundo. Na região Noroeste, a conquista mais importante neste governo, na minha opinião, foi a recuperação do setor leiteiro. Começamos autorizando zerar o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) sobre o leite e derivados produzidos no Rio, mantendo somente a taxação dos produtos vindos de outros estados. As alíquotas foram reduzidas de 19%, no caso dos produtos lácteos em geral, e de 7%, no caso do leite fluido, a zero. Também aprovamos na Alerj, cerca de R$ 60 milhões em créditos de ICMS para novos investimentos por parte das empresas. É importante lembrar que há dois anos a pecuária de leite estava em decadênc ia no Rio. Apesar de serem consumidos 2,5 bilhões de litros de leite e derivados por ano no estado, apenas 470 milhões eram produzidos em território fluminense até 2007. O restante vinha de outros estados e até de países vizinhos, como o Uruguai, o que encarecia o produto para o consumidor e arrasava os produtores locais. Novos investimentos foram feitos, possibilitando a geração de mais de 3 mil novos empregos. Com isso, a produção saltou de 470 para 600 milhões de litros por ano, em 2009. A meta é chegar a 2014 produzindo 1 bilhão de litros/ano e que o setor gere até lá de 15 a 20 mil postos de trabalho. A laticínios Marília inaugura até o final do ano seu parque industrial em Itaperuna, na Região Noroeste do Rio; a Parmalat, também em Itaperuna, não produzia o leite UHT (caixinha) e passou a produzir. Tudo isso, graças aos investimentos e incentivos garantidos no setor leiteiro. Outra obra importante para a região foi a recuperação da RJ 214 ligan do Varre-Sai a Guaçuí, no Espírito Santo. Ao todo foram 24 quilômetros de pavimentação, facilitando o escoamento da produção de café até o Porto de Vitória. 

Blog: Uma das questões mais importantes para o RJ refere-se ao risco que representa a Emenda Pedro Simon. Qual a sua posição e suas ações em defesa dos royalties hoje? Se eleito tem alguma ação pronta?

PICCIANI: Minha posição é de defesa intransigente do estado do Rio de Janeiro. Estamos de olho neste tema não é de hoje. Quando a emenda Ibsen foi aprovada na Câmara, nós realizamos um ato na Alerj e marchamos com o governador contra a covardia que fizeram. Quando aprovaram a emenda Pedro Simon, no Senado, o governador Sérgio Cabral teve a garantia do presidente Lula de que iria vetar o projeto. Só é possível questionar na Justiça a redivisão se ela vier a ser sancionada. Neste caso, o foro passa a ser o Supremo Tribunal Federal. Enquanto o projeto está no Congresso, meu papel como senador será o de evitar que ele se transforme em lei e , mais do que isso, evitar que outros projetos neste sentido avancem. O trabalho do parlamentar é sair do dissenso para o consenso, e nisso eu tenho experiência. O Parlamento é a casa das grandes conversas. É preciso saber conversar. Cada estado brasileiro só tem três senadores. Não adianta ir para a conta aritmética, o Rio de Janeiro sempre perderá. Por exemplo, o senador atual do Rio de Janeiro, que já foi candidato a prefeito, a governador, a prefeito, e agora é a senador. Ficou oito anos no Senado e ele agora só reúne o próprio partido e a sua própria igreja. Você acha que este senador consegue defender o estado do Rio de Janeiro e suas riquezas? Eu tenho experiência. Não venci sete eleições sucessivas na Alerj, três ao lado do governador Sérgio Cabral e quadro liderando a chapa, com votos de todos os partidos, tendo grandes quadros ao meu lado, se eu não tivesse capacidade de diálogo, de sentar à mesa ouvir, de respeitar a opinião, mas também de defender meus pontos de vista. Desta forma eu tenho liderado o Parlamento do estado do Rio de Janeiro. É por isso que eu tenho o apoio do governador Sergio Cabral, do senador Francisco Dornelles, do prefeito Eduardo Paes: porque sabem que eu sou capaz de sair do dissenso para o consenso possível. É preciso conversar e é isso que estou disposto a fazer no Senado federal.

Blog: O fato de estarem apoiando Dilma Rousseff faz com que uma eventual vitória de José Serra prejudique seu trabalho no Senado?

PICCIANI: Não, absolutamente. Nosso apoio à eleição de Dilma Rousseff para a presidência parte do princípio de que esta parceria entre o governador Sérgio Cabral e o presidente Lula, que tantas conquistas trouxe para o estado do Rio de Janeiro, deve continuar. E, para continuar, precisamos eleger a pessoa que esteve ao lado do presidente em todas estas conquistas, que é a Dilma, a primeira presidente mulher do País. Porém, meu perfil conciliador não permitiria que qualquer divergência com o presidente Serra prejudicasse minha luta em defesa do estado do Rio de Janeiro. Quando os políticos brigam, quem perde é a população. Com o governador Sérgio Cabral conseguimos superar este histórico de desentendimentos. Passadas as eleições temos de olhar para a frente e trabalhar! Pretendo ficar oito anos no Senado fazendo i sso.

Blog: Qual é a região do estado em que sua expectativa de votos é maior?

PICCIANI: Olha, pretendo ter votos em todas as regiões do estado e, para vencer as eleições, preciso da maioria dos votos em todas elas. Dado o fato de que os prefeitos de 91 dos 92 municípios me apóiam, bem como o governador Sérgio Cabral, o vice-governador Pezão e deputados e vereadores de dezesseis partidos de nossa coligação, acredito que vamos crescer nas pesquisas. Com o início do horário eleitoral, meu maior desafio é mostrar minhas propostas e me tornar conhecido pela população. 

Blog: O nosso leitor quer saber qual a sua opinião sobre a legalização do aborto, a descriminilização da maconha e o casamento de homossexuais?

PICCIANI: Sou contra o aborto a favor do direito a vida; sou contra a descriminalização da maconha e contra o casamento de homossexuais.

Blog: Quanto às eleições no estado, quais seriam as implicações caso vença Sérgio Cabral, ou Gabeira? E o relacionamento do senador com cada um desses?

PICCIANI: Não tenho nenhuma dúvida de que o governador Sérgio Cabral vai ser reeleito no primeiro turno. Todos os governos candidatos a eleição, e o dele não é exceção a regra, que têm acima de 46% de ótimo e bom e tem abaixo de 25% de ruim e péssimo, são reeleitos no primeiro turno. Cabral já atinge 53% de ótimo e bom e tem somente 11% de ruim e péssimo. Pretendo ser senador para ajudar o governador Cabral em Brasília a aprofundar as mudanças que fizemos juntos, primeiro na Alerj e depois com ele no governo e eu na presidência da Alerj. Nossa amizade começou há 20 anos atrás quando juntos pisamos pela primeira vez na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

Blog: Quais são suas principais estratégias e abordagens retóricas de campanha?

PICCIANI: Quero ser o representante dos municípios em Brasília e atuar em defesa do nosso estado, garantindo que projetos antigos como a Reforma Tributária e a Reforma Política saiam do papel. Agora que o Brasil está crescendo é a hora de reduzirmos os impostos.

Blog: Por que o eleitor do Rio de Janeiro deve votar em Jorge Picciani (nº 155) para o Senado Federal?

PICCIANI: Porque tenho experiência e acredito que posso somar com o senador Francisco Dornelles em Brasília na luta por mais conquistas em nosso estado. Sou conhecido por ser um grande articulador político, mas também pela minha capacidade de resistir e lutar. Quero ser o Senador do Rio, o senador que vai defender o estado, os princípios do Estado Democrático de Direito, que vai ajudar as prefeituras, todas elas, a abrir as portas de Brasília. Quem me conhece sabe que, assim como as portas do meu gabinete da Alerj sempre estiveram abertas a atender os prefeitos, sindicatos e cidadãos comuns buscando soluções para os seus problemas, o mesmo acontecerá quando eu for senador. Quero ser senador para ajudar o governador Sergio Cabral e os 92 prefeitos, independentemente de partidos, a trazer os recursos que tanto precisamos para manter o Rio na rota do crescimento econ ômico e social. Eu quero somar forças. Impedir que golpes como o que tentou tirar os royalties do petróleo prosperem. Meu perfil político – daquele que busca sempre o entendimento, mas que também não foge à luta se preciso for – me credencia a isso. Aproveito para convidar todos a visitar o meu site www.jorgepicciani.com.br e a conhecer as minhas propostas.

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