Arquivo VAGALUME

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

"Para o internauta, um Serra ofensivo"

O texto que transcrevemos abaixo é do jovem jornalista de Volta Redonda-RJ, Alexandre Campbell, que relata a acirrada disputa bipolar para a Presidência da República do Brasil. Vale à pena a leitura.


Posted: 19 Aug 2010 02:48 PM PDT
“Serra parte para o ataque“, estampa a Folha hoje em sua manchete sobre o debate Folha / UOL realizado na manhã de ontem com os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), e Marina Silva (PV). A postura de Serra se deu por conta do resultado das últimas pesquisas que o mostram até 16 pontos atrás da petista na corrida eleitoral? Bobagem. Serra está atrás já tem algum tempo e mesmo assim mostra um Serrinha Paz e Amor, o “Zé que vai continuar a obra do Silva”, como diz o jingle da sua campanha. O candidato de oposição adotou um tom mais incisivo, pois estava discursando para um público específico. 
Esse público específico é o militante virtual, aquele que defende os candidatos em blogs, redes sociais, fóruns, por e-mails... Este público, há muito tempo, cobra de Serra uma postura mais ofensiva. De uma forma geral, são pessoas que desaprovam o governo Lula, tem pavor pela candidatura de Dilma e vêem em Serra a salvação do Brasil. E querem que Serra “desmascare a farsa que é Dilma”.
A encrenca é que enquanto essa turma briga, com unhas e dentes, Serra vai para a TV e diz que está tudo bom, mas que ele vai fazer mais. É um discurso que não convence os que aprovam o governo e não empolga os que desaprovam. Com sua participação no debate da Internet, Serra injetou ânimo nesta segunda parcela. 
Desde o início da campanha sabia-se que seria difícil encontrar um discurso eficiente para a oposição. A estratégia adotada foi tentar dizer: “OK, Lula faz um bom governo, mas Dilma não é Lula. Da mesma forma, que Lula manteve conquistas importantes do governo anterior, Serra também manterá as conquistas de Lula e fará ainda mais”. Não está sendo suficiente para se contrapor a propaganda da situação, que é, simplesmente, “Lula é Dilma, Dilma é Lula”.
Se for para continuar, mais cômodo é para o eleitor votar em Dilma, a indicada do presidente Lula. A oposição precisaria, antes de mais nada, explicar porque (e onde se dava mudar), além de tentar diferenciar Serra de Dilma. 
O cientista político Alberto Carlos de Almeida e o jornalista Paulo Moreira Leite debateram com a jornalista Mônica Waldvogel este dilema de Serra encontrar um discurso contra um governo com mais de 80% de popularidade (clique aquie assista ao programa). Apenas para situar, Paulo Moreira Leite trabalhou na Imprensa Oficial de São Paulo, durante o governo Serra e, portanto, não pode ser acusado de petista. 
Durante o programa, o cientista político Almeida resumiu o que acontece nesta eleição. 
“Existe uma emoção no coração de quase 80% dos brasileiros, que a seguinte: eu gosto do governo e quero dar continuidade... Nesta direção, ainda que o Serra tenha o discurso da continuidade, ele criou os genéricos, ele seria a continuidade genérica. O remédio de marca é a Dilma. [O eleitor pensa] Olha, já que os dois vão dar continuidade, eu fico com aquele que é do próprio governo, esta é a questão”. 
É isso!

Nenhum comentário:

Seguidores VAGALUMES

VAGALUMES LIGADOS

Siga-nos

Siga-nos
É só clicar sobre o twitter

NOVIDADES VAGALUMES por e-mail

Enter your email address:

Delivered by FeedBurner

Movimento dos Internautas Progressistas do Rio

Movimento dos Internautas Progressistas do Rio
#RIOBLOGPROG