RESULTADOS DA CONFERÊNCIA DE CULTURA EM MIRACEMA

Há algum tempo expusemos aqui a vontade do Executivo miracemense em asfaltar a Rua Direita, no seio do Centro Histórico do município, que é patrimônio fluminense. Um cidadão ligado ao governo teve a cachimônia, à época, de divulgar que essa hipótese nunca ocorreu. Tanto foi verdade que o Executivo chegou a decretar o destombamento das árvores (oitis) e do calçamento.

Recentemente, após a Conferência Regional de Cultura do Noroeste Fluminense que ocorreu em Miracema, o prefeito foi à rádio e relatou que pediu à Secretária de Cultura do Estado, Adriana Rattes, para passar o asfalto na Rua Direita. A secretária, sabiamente, não permitiu e disse a ele que ajudaria a conseguir verba para realizar outros desejos do governo. Citou até (conforme o prefeito na rádio) a construção de um Sambódromo. No mesmo programa o vereador Paulo César Azevedo, aliado do governo, que acompanhou a visita da secretária ao Centro Histórico do município, afirmou que foi falado com a secretária sobre a construção de um teatro no prédio do antigo Hotel Braga, de 1918, localizado na Rua Direita, que é de propriedade privada e tombado.

Segundo divulgou o blogueiro Pablo Calor, o prefeito Ivany Samel voltou a relatar sobre esse projeto do Hotel Braga no programa "O Povo Quer Saber", hoje, da Rádio Princesinha do Norte (1530 kHz AM).

Assim disse o blogueiro Pablo:

O prefeito de Miracema, anunciou hoje no programa O POVO QUER SABER, que o prédio do Hotel Braga, se tornará um teatro,que irá atender as necessidades culturais de toda a nossa região. 

Disse ainda que a situação da Maternidade do Hospital está resolvida.

Realmente, será uma maravilha se esse intento for adiante, torcemos para que seja, com todo o arcabouço técnico e profissional necessário a um projeto dessa monta, visto que trata-se de um patrimônio histórico.

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Apenas para esclarecimento, conta-se que antes de ser construído pelo italiano Salvador Ciuffo o Grande Hotel (depois Hotel Braga), cuja construção foi concluída em 1918, existiu ali uma pensão, ou um hotel simples, que se chamava Hotel do Carmo. Esse pequeno hotel foi construído para receber os imigrantes que chegavam à Miracema, vindos de várias partes da Europa, na maioria italianos, para trabalharem nas lavouras de café. Essa é uma história oral, mas que tem indícios no livro da escritora paduana Rita Piccinini, conforme fotografia que reproduzimos abaixo: