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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

"Justiça manda escorar Torreões da Estação de Porto Novo em Além Paraíba"



Informação enviada por Victor José Ferreira, do Movimento de Preservação Ferroviária, dá conta de que uma decisão judicial manda escorar os Torreões da Estação de Porto Novo, em Além Paraíba-MG.
Prezados (as) colegas,
Retransmito-lhes a mensagem do pesquisador Plínio Alvim, de Além Paraíba -MG, membro da Academia Ferroviária de Letras, juntamente com as fotos e a matéria anexas.
Boa notícia essa de que, por força de determinação judicial, iniciam-se as obras de escoramento dos Torreões da Estação de Porto Novo, um inestimável patrimônio cultural ferroviário.
Parabéns à ONG Águia Verde, de Além Paraíba, que acionou o Ministério Público Federal, e todos os demais que contribuiram para essa vitória.
Saudações ferroviaristas.
Victor José Ferreira 
Presidente 
MPF - Movimento de Preservação Ferroviária
A notícia está divulgada pelo menos no jornal "Leopoldinense"  e no jornal "A. Parahyba", conforme imagem abaixo.



O blogue agradece ao Victor pela informação e parabeniza o povo de Além Paraíba pela conquista.

2 comentários:

Dempsey Pereia Ramos Júnior disse...

DEMPSEY RAMOS - MANAUS/AM
Reconheço que a matéria publicada tem grande valor informativo, especialmente para a população local e de outras regiões que possuam algum complexo histórico cultural. Para contribuir com esse assunto e mostrar o significado socioeconômico que a restauração dos Torreões traz para Além Paraíba, permito-me acrescentar alguns dados que foram extraídos do Relatório do Desenvolvimento Humano de 1999, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Segundo a ONU, o modelo de desenvolvimento do séc. XXI rompe a lógica patrimonialista fabril (baseada só em fábricas), que vigorou entre o século XVIII até meados do século XX, para em seu lugar inaugurar-se uma lógica EXISTENCIAL. Uma nova indústria, típica do séc. XXI, ao invés de produzir bens materiais e tangíveis (modelo fabril clássico dos anos 1960 a 1980), produz e vende emoções, alegria, diversão e entretenimento (bens imateriais, intangíveis, existenciais, intensivos em informação, tecnologia e conhecimento). Estes elementos imateriais e intangíveis são considerados hoje os principais fatores de geração de riqueza. Trazendo as observações da ONU para o contexto local de Além Paraíba, pode-se dizer que a tradição histórica ferroviária de Além Paraíba, seus Torreões inaugurados por Dom Pedro II, sua cultura local, sua música, seus espaços ambientais, suas cachoeiras, seus casarões rurais do tempo do café representam a informação e a experiência emocional existencial típicas da nova economia: a indústria do turismo. São os bens mais desejados pelo turista globalizado, disposto a viajar avidamente para qualquer lugar do planeta em busca deste tipo de produto imaterial, intangível. Além Paraíba possui matéria-prima turística de sobra, porém está perdendo uma ótima oportunidade de vendê-la para o restante do Brasil e do mundo. Em termos globais, US$ 735 bilhões (setecentos e trinta e cinco bilhões de dólares) foram os rendimentos gerados pelo turismo mundial em 2006. Cidades pequenas no Brasil, com menos de 100 mil habitantes e que investem nessa indústria, possuem 20% do seu PIB provenientes só do turismo, mas com incomensurável potencial de expansão. Em termos nacionais, o valor agregado do turismo brasileiro cresceu de R$ 74,7 bilhões para R$ 131,7 bilhões, entre os anos de 2000 até 2005 (Fonte: IBGE e Organização Mundial do Turismo - OMT). Ou seja, em apenas 5 anos a riqueza do turismo quase dobrou. Significa que o Brasil está se destacando no cenário mundial especialmente com a indústria do turismo, já que outros países não alcançam essa inimaginável taxa de crescimento. A maior prova do potencial de geração de riqueza, através do TURISMO, pode ser encontrada analisando-se brevemente a história econômica de DUBAI, um dos sete Emirados Árabes Unidos. Embora a economia de Dubai tenha sido construída pelo petróleo, descoberto em 1966, época em que a região conheceu a riqueza; hoje o petróleo contribui apenas com 6% do PIB, pois suas reservas esgotaram-se. Percebendo o esgotamento do petróleo em Dubai (o que pode ser comparado ao esgotamento do café e das fábricas de Além Paraíba, ocorrido nos séculos XIX e XX), lá o Governo decidiu ESTRATEGICAMENTE direcionar a economia petrolífera para uma economia intensiva em turismo, de modo que hoje o setor turístico responde por 20% do atual PIB de US$ 37 bilhões. Isso significa que o turismo rende ao ano US$ 7,4 (sete bilhões e quatrocentos milhões de dólares) em favor de Dubai. E Dubai só tem areia e desertos. Nem de longe compara-se com os vales, as montanhas, as cachoeiras e demais atrativos de Além Paraíba e região. Por tudo isso, creio que a restauração dos Torreões é apenas o começo de uma nova era para a socioeconomia e para a população de Além Paraíba.

AngelMira disse...

Caro Dr. Dempsey,

É uma honra para nós recebermos sua visita em nosso blogue. Parabenizamos o sr. e a ONG da qual o sr. faz parte também pela conquista primeira, que essa de escorar os torreões. Desejamos e queremos que vitória prossiga à restauração e também ao desenvolvimento do turismo.
Quanto ao turismo, foi muito oportuna a sua explicação, para tornar clarividente essa importância socioeconômica e também ambiental, ouso acrescentar.
Acreditamos nisso!

Abs

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