Um representante da Ordem dos Advogados do Brasil, o advogado Aderson Carvalho, fez um apelo ao corregedor do Corpo de Bombeiros em Niterói (RJ) para que possa entrar no órgão a fim de saber a real situação dos mais de 400 bombeiros militares que estão presos. Na manhã deste sábado (4/6), eles foram detidos depois de terem tomado o quartel central do Corpo de Bombeiros, na sexta-feira (3/6). As informações são do portal G1.
A tomada do quartel aconteceu durante uma manifestação por maiores salários. A deputada Janira Rocha (PSOL) passou a noite no quartel. De acordo com ela, a Polícia Militar entrou antes de terminar a negociação para a rendição dos manifestantes e deram tiros de fuzil e de borracha nos bombeiros.
A ordem de prisão foi dada pelo governandor do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. "Agora queremos negociar direto com o coronel Cabral. Com uma atitude como essa, ele deixou de ser governador para agir como coronel. Os bombeiros que salvam vidas só querem negociar um salário digno, querem um piso diferente de R$ 950. Será que Cabral consegue gastar R$ 950 nas viagens que faz a Paris?" indagou a deputada. Entre as reivindicações estão piso salarial líquido no valor de R$ 2 mil e vale-transporte.
Após uma noite inteira de negociações para que os cerca de dois mil bombeiros deixassem o quartel, a tropa de Choque da Polícia Militar e também policiais do Bope invadiram o quartel do Centro. Bombas de efeito moral e de gás lacrimogênio foram usadas para entrar no complexo. Como resultado, pelo menos duas crianças sofreram intoxicação devido ao gás e dois adultos tiveram ferimentos leves na cabeça, por conta das bombas de efeito moral que foram lançadas pelo Bope.
A movimentação começou na sexta, quando bombeiros ocuparam o pátio e as dependências do complexo. Mulheres e até crianças se uniram a oficiais numa passeata que começou em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e que passou pelas principais avenidas do Centro, até chegar ao quartel. (Fonte: Consultor Jurídico)
7 comentários:
Amiga Angeline
Sem dúvida os bombeiros exorbitaram em seus direitos.
Sabem muito bem que as palavras chaves para militeres são ordem e hierarquia, o que desrespeiram frontosamente.
É verdade que seus justos reclamos, não vinham sendo devidamente considerados por quem de direito, o que pode ser atenuante mas não justificava.
Macularam a imágem pública mais respeitável de todas as insituições públicas.
Impedir o atendimento de chamdas de emergênia é imperdoável para quem salvar vidas é a principal missão.
Usar mulheres e crianças como escudos de uma ação tão perigosa, imperdoável.
Levar estranhos para dentro do QG num total desrespeito a ordem e a hierarquia, nada sensato.
Não ter cedido ao apelo para que deixassem o QG e fossem para suas residências nada inteligente.
Isto nos fez lembrar dos movimentos semelhantes dos fuzileiros navais e que serviram de estopim ao Golpe Militar e consequente ditadura que enfrentamos.
Dizer o quanto se investiu no CB não nega as deficiências apontadas aos seus servios, principalmente na remuneração de seus praças.
Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.
Luiz Carlos, nunca vi manifestante desertar de uma missão sem acesso a negociação.
Amiga Angeline
Mas isto não foi negociação alguma. Foi no mínimo um motim.
Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.
Exatamente, porque o Governo não enviou negociadores ao invés de armas e balas de fuzis?
Amiga Angelina
O comandante da PM nas operações para restabelecer a ordem no QG, pela TV se mostrou não só muito muito diplomático, como ofereceu uma oportunidade para se encerrar pacificamente a ocupação do QG, mas não aceitaram, sabendo claramente no que ocorreria neste caso.
Mais uma desmoralização do CB, a invasão pela PM, o que era um tabu.
Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.
Luiz Carlos,
Sou contra todo e qualquer tipo de violência. Acredito no diálogo como a melhor forma de resolver conflitos. O que o comandante da PM fez, cumprindo ordens, foi tentar parar a manifestação, que não se resolve com a PM. É uma questão meramente administrativa.
Onde estava o administrativo para o diálogo.
Enfim, não creio que o governador, que não sabemos se é brasileiro ou parisiense, tenha necessidade de agir como agiu, ao invés de encarar o conflito de frente. Com o diálogo!
Amiga Angeline
Como deve saber também somos contrários à violência e por isto deploramos a transformação de um movimento que se iniciou pacífico, na truculência que se tranformou na ocupação do QG do CB, numa fontral agressão à ordem e à hierarquia numa corporação militar tão nobre e importante a vida e ao patrimônio de todos nós.
Agressão que se estendeu ao pessoal de serviço, impedindo-o de cumprir seu dever e ao patrimônio da incorporação.
Não se pode admitir que serviços públicos que atuam basicamente em situações de emergênia, salvando vidas e apagando fogo, sejam interrompidos por qualquer pleito social. Antes de tudo o dever.
Hoje o CB não é apenas um órgão que apaga incêndio, é o único especializado no atendimento de socorros médicos de emergência e quem controla a defeza civil.
Ficou bastante evidente a incapacidade de seu comando de manter a ordem e a hierarquia na corporação, caso contrário os baderneiros que levaram a isto, não teriam conseguido seu intento.
Tinha a obrigação de prever uma tal possibilidade e ter usado de todos os meios para guardar suas instalações e para isto não faltam forças policiais, civis e militatres e nem mesmo as forças armadas.
Diante de tamanha incapacidade, o que fazer para restabelecer a ordem e a hierarquia?
Pelo que vimos através TV a PM agiu com muita competência e sem muita truculência. Tentou uma saída pacifica e ordeira, mas não houve aceitação. Vimos pessoas agredindo físicamente PM, atirando petardos sobre ela. Para que tudo isto e no fim se renderem?
Um bombeiro responsabiliza a ação da PM pelo aborto de sua esposa. Primeiro que prova tem de que esta foi a causa do aborto? Segundo se foi o maior responsável é ele de ter sumetido a esposa a uma tal situação.
Afinal com quem negociar? Quais são as legais lideranças dos bombeiros? Não apenas bombeiros participaram do motim. Eram bombeiros em serviço?
Evidentemente também tivemos agressão verbal e desnecessária do chefe-mor do CB, com discurso irado e truculento, fazendo jogo político à platéia.
Portanto foram agressões de todas as naturezas e de todos os lados, o importante é que se cumpra a lei, e isto é coisa para inquérito policial militar, com seus próprios tribunais e que se procure resolver os reclamos justos dos bombeiros.
Todavia um piso salarial de R$ 2.000, muito acima do que se admite pagar aos professores públicos, parece-nos querer demais.
Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.
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