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segunda-feira, 6 de junho de 2011

"QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL: DISCURSO OU COMPROMISSO?"


Se a qualificação do cidadão para o trabalho está no aprimoramento de suas habilidades para executar funções específicas que são demandadas pelo mercado, o sucesso do processo passa a depender da qualidade do ensino fundamental e médio. Aliado a essa afirmação, há de se considerar o desvio de foco dos municípios no apoio a formação de terceiro grau, como observado na Região Norte Fluminense.
Na região específicamente, verifica-se um quadro emblemático. De um lado um consistente afluxo de investimentos em andamento e em planejamento para as atividades de petróleo, portos, siderurgia, construção naval, dentre outras, com uma forte demanda por mão-de-obra qualificada e do outro lado, a fragil percepção do poder público constituido, no que diz respeito a necessidade de planejamento e adaptação do território as presentes mudanças.
Nesse contexto de pratica de abandono do ensino fundamental e apoio a formação de terceiro grau, surge uma vácuo importante que destrói a possibilidade de inserção de uma parcela razoável de trabalhoares locais nesses investimentos. A fragilidade do ensino fundamental dificulta o processo de qualificação por despreparo do aluno, enquanto o esforço na formação de terceiro grau não rende a produtividade esperada, já que o despreparo do aluno, aliado a qualidade questionável do ensino superior nas faculdades particulares e nem sempre uma escolha adequada da profissão, são fatores conflitantes com as qualificações exigidas do mercado.
Os presentes investimentos exigem mão-de-obra altamente especializada e com experiência, segundo os padrões do mundo moderno do trabalho. A história da educação na região mostra um certo distanciamento em relação ao novo momento que se constrói e o indicador do IDEB, através das notas obtidas pelos municípios da região em 2009, para o ensino fundamental até a quarta série e de quarta a oitava série, nas escolas de responsabilidade do município, ajudam a entender melhor este quadro tão preocupante.

Por Alcimar das Chagas Ribeiro, economista e professor da UENF-Campos-RJ
http://economianortefluminense.blogspot.com

Um comentário:

Luiz Carlos Martins Pinheiro disse...

Amiga Angeline

Quando trabalhamos na canadense Light, por sermos menor, fomos obrigados a fazer curso do SENAI oferecido na empresa após o expediente normal.

Então cursávamos a noite o Colégio Pedro II no Centro. Embora o curso do SENAI fosse com matérias que já tivessemos ultrapassado no Pedro II, não houve jeito para sermos dispensados do mesmo.

Para piorar o curso do SENAI nos obrigava sempre a perder a primeira aula no Pedro II. Nas provas tinhamos que faltar ao SENAI, pois não nos pertiam sair um pouco mais cedo.

Acabamos atingindo o número máximo de faltas ao SENAI e a Light nos mandou embora. Tivemos que arranjar outro emprego. Aliás conseguimos um bem mellhor que só deixamos para fazer o curso de Engenharia.

Antes da existência do SENAI a Light, mantinha cursos aos seus empregados, nosso pai lá se formou Eletrotécnico.

Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.

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