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sábado, 20 de agosto de 2011

"O saneamento como legado da Copa e Olimpíadas ?"

16 de agosto de 2011 por Édison Carlos | Rio de Janeiro

O Instituto Trata Brasil realizou, em junho passado, o Ciclo de debates Trata Brasil "Solução dos esgotos e melhoria da saúde: uma oportunidade para as cidades-sede da Copa" na cidade do Rio de Janeiro e que discutiu a situação dos esgotos na Região Metropolitana do Rio. O evento contou com a presença de entidades importantes no tema, tais como a CEDAE, Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil, Sinaenco, INEA, Caixa Econômica Federal, BNDES e o campeão olímpico Lars Grael que deu um testemunho de sua preocupação com a situação do saneamento básico no Brasil e especificamente no Rio de Janeiro. O estudo encomendado pelo Trata Brasil à FGV mostrou avanços nos serviços do Estado, o que foi confirmado na apresentação da Nova CEDAE. Um dos depoimentos mais importantes foi o do campeão olímpico Lars Grael, representando o Projeto Grael. Segue, abaixo, um trecho da palestra do nosso campeão e que hoje é Embaixador do Trata Brasil:
A evolução do saneamento nas cidades-sede da Copa tem sido muito pequena, isto é fato. Os investimentos para a Copa, no entanto, estão acontecendo, nos estádios, aeroportos, na rede hoteleira, etc. Ai eu pergunto, e os avanços no saneamento? Estes não acompanham o mesmo ritmo das demais obras da infraestrutura da Copa. Pior que isso, se observarmos, a maior parte destas cidades, que em geral tratam pouco os esgotos, está na beira do mar ou na beira de grandes rios. Isso mostra que ainda há neste país uma cultura de que a diluição é a solução para a poluição, o que não é verdade. No caso dos esgotos, este procedimento apenas drena o esgoto e o leva para outras cidades.
No que se refere ao esporte olímpico, no quadro geral de medalhas o Brasil é o 23º., ou seja, somos a 23ª. potência esportiva ao longo da história. E a nossa, rotulada de "elitista", vela é a campeã de medalhas. O Brasil, por sua vez, é um país de contrastes, pois somos a 8ª. economia do mundo, mas no Índice de Desenvolvimento Humano o país é apenas o de número 75. Boa parte desta discrepância entre economia e IDH está justamente na falta de saneamento básico.
Aqui no Rio de Janeiro, no que se refere à Baia de Guanabara, há 17 anos falamos sobre o Plano de Despoluição da Baia de Guanabara (PDBG), mas se chegou somente a 30% das obras, ou seja, a chance de concluirmos estas obras nos 5 anos que nos separam das olimpíadas é zero. Precisaríamos implantar um ritmo alucinante de obras, o que não temos visto. É indiscutível que há avanços, inclusive conseguimos notar que a vida marinha melhorou na Baia, que está menos poluída e que há uma melhora na conscientização das pessoas, mas ainda é pouco.
É importante, então, discutir seriamente estes temas e eventos como este, do Trata Brasil, são muito importantes para esta "virada de jogo". (Trata Brasil)

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