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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

EXPERIÊNCIA DA PREFEITURA PODE NORTEAR CRIAÇÃO DE CENTRO DE TRATAMENTO

A experiência do abrigo Casa Viva, da Prefeitura do Rio, servirá como base para um projeto de criação de novos centros de tratamento de crianças e adolescentes usuários de drogas, que a Comissão de Assuntos da Criança, Adolescente e Idoso da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) pretende elaborar. A afirmação foi feita pela presidente da comissão, deputada Claise Maria Zito (PSDB), depois de visita à instituição realizada nesta quinta-feira (22/09). A deputada afirmou que pretende promover audiências públicas com especialistas para discutir os bons exemplos e problemas encontrados no local. A intenção é formular um projeto para orientar o Governo do estado na construção de novos centros. “O principal objetivo da Casa Viva é reintegrar as crianças às famílias, o que achei muito positivo. Acredito que os outros centros que vierem a ser criados precisam ter este foco principal”, afirmou Claise.


A deputada, no entanto, criticou a estrutura física do abrigo, que seria muito pequena para atender aos nove meninos que estão internados em tratamento no local. “Eu achei o espaço muito pequeno, porque eles têm muita energia. Poderia ser maior, com um espaço para eles poderem extravasar mais”, destacou. Segundo ela, apesar dos passeios e atividades realizadas, o espaço reduzido pode prejudicar o tratamento. “Você tem nove crianças juntas, que são agitadas e agressivas. Num lugar pequeno, um passa a agitação para o outro. Com mais espaço poderia haver atividades durante todo o tempo, não apenas nos passeios externos”, pontuou. Os nove meninos que estão em tratamento têm entre 11 e 15 anos, e são todos ex-usuários de drogas com seus vínculos familiares rompidos e que foram recolhidos das ruas e internados compulsoriamente por decisão da Justiça.

Claise afirmou que mudou sua opinião sobre a internação compulsória, depois de conhecer o trabalho da instituição. “Eu tinha outra ideia, mas hoje passei a entender melhor. Estas crianças têm os vínculos familiares totalmente rompidos, estavam vivendo sozinhas nas cracolândias. Eles não têm como escolher”, relatou. “A Casa Viva conta com uma parceria entre as secretarias municiais de Assitência Social, Saúde e Educação. Eles têm aulas dentro da própria instituição, e quando voltam para as famílias já estão matriculados na escola mais próxima à região”, contou. “A Assistência Social também faz um trabalho com as famílias, para restabelecer os vínculos, e acompanha a evolução da criança depois que ela retorna para casa, o que eu achei muito positivo”, completou.

Centro de Referência deverá ser construído na Baixada Fluminense

Em audiência pública realizada pela Comissão em junho, o secretário de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Neves, comprometeu-se a encaminhar ao governador Sérgio Cabral a proposta da criação de um centro estadual para o tratamento de usuários de drogas na Baixada, feita pela deputada Claise. “A ideia é que o centro seja um consórcio, com a definição de um município para a sede à qual todos os outros terão acesso, dividindo responsabilidades”, declarou o secretário, na ocasião. A intenção da deputada agora é que as experiências já existentes, como a da Casa Viva, subsidiem a criação do novo Centro.

(texto de André Coelho - Ascom da Alerj)


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