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domingo, 7 de abril de 2013

DEBATE SOBRE COTA INDICA AUMENTO DE 15,8% NO NÚMERO DE NEGROS FORMADOS

Desde a implantação do sistema de cotas para negros e pardos na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), houve aumento de 15,8% no número de estudantes com essas características, na faixa entre 18 e 24 anos de idade, cursando ou concluindo o ensino superior. O dado foi apresentado em um debate promovido, nesta quinta-feira (04/04), pela Escola do Legislativo do Rio de Janeiro (Elerj), sobre a primeira década das cotas nas universidades públicas fluminenses. “Indicadores da Uerj, que é pioneira, mostraram que a evasão de alunos cotistas é menor e o coeficiente de rendimento médio é ligeiramente maior que o de alunos não cotistas. Temos informações também que esses alunos têm conseguido se integrar no mercado de trabalho da mesma forma que os não beneficiados pelas políticas de inclusão”, frisou o coordenador da Elerj, deputado Gilberto Palmares (PT).

Pesquisador da Uerj, o professor André Lázaro foi quem apresentou os dados que, segundo ele, comprovam a necessidade das políticas de inclusão, “diante da desigualdade de condições enfrentadas por alunos cotistas e não cotistas para ingressar no ensino superior e de alguns resultados alcançados nesses dez anos, aumentando a diversidade cultural e étnica nas universidades”. Lázaro chegou a admitir que, em 2003, era contrário às cotas, mas que seu trabalho a respeito do assunto e os resultados que pode observar no período – referindo-se ao aumento do número de alunos negros nas instituições de ensino superior – levaram-no a mudar de ideia e a defender essa política.

Personagem símbolo do debate, o aluno cotista e integrante do Grupo de Pesquisa Imagens, Narrativas e Práticas Culturais da Uerj, Élbio Ribeiro, contou sua história de vida e as dificuldades que teve para ingressar na universidade. “Na minha infância, acompanhava minha mãe que saía para fazer faxina na casa de outras pessoas e usava o elevador de serviço. O espaço que eu tinha liberdade para transitar era o quarto de empregada e a cozinha. Hoje, frequento os mesmos bairros que os meus amigos de faculdade e entro nas casas como convidado. Sou o primeiro universitário da minha família, e o fato de ser cotista me traz a responsabilidade de representar não só as minorias negras ou pobres, como o poder público que me deu oportunidade”, registrou.

Também participou da mesa de debates Marcos Rodrigo da Silva Santos, representante da Rede de Pré-Vestibulares Comunitários, Bolsa de Estudo em Graduação e Pós-Graduação Educafro.

(texto de Fábio Peixoto - Ascom da Alerj)

Um comentário:

Rachel Bruno Siqueira disse...

Como Mãe de aluna formada pela UERJ, Monitora de Anatomia em Medicina quando entraram os Primeiros Cotistas na UERJ, posso dar a seguinte Declaração:

- Os Cotistas foram muito discriminados, pois muitos não eram negros;

- A UERJ fez um Grupo de Estudo em separado para Suprir as Dificuldades dos Cotistas nas matérias, já que a maioria não tinha base de Estudo nas Matérias do Ensino Médio para acompanhar as da Universidade de Medicina. Excelente iniciativa da UERJ e de sua Equipe de Psicologia para Integração do Grupo aos demais Alunos;

- Não acredito em menor capacidade dos Negros em relação aos Brancos. Muitos Negros são muito mais capazes que muitos Brancos.
O que Falta é Escola de Qualidade a TODOS IGUALMENTE: NEGROS, BRANCOS, PARDOS, ÍNDIOS.
Isto é DEVER do nosso GOVERNO FEDERAL, pois está bem definido em nossa Constituição Federal e nossos Impostos, uma exorbitância ( está aí o NIÓBIO também ), são para cumprir este DEVER também, além da SAÚDE, TRANSPORTE, MORADIA, SEGURANÇA ETC....
Temos um entre tantos outros exemplos o do nosso Presidente do STF JOAQUIM BARBOSA. Por quantas dificuldades passou e chegou onde está?
Hoje é OBRIGAÇÃO do nosso Governo FACILITAR esta Chegada NÃO COM COTAS, mas com ESCOLAS DE EXCELÊNCIA E PROFESSORES IDEM!

- Os alunos da UERJ, COTISTAS ou NÃO, estão dentro de uma excelente Universidade e só ficam os melhores, por isso encontram bons Trabalhos: são COBRADOS diariamente em seus Estudos por excelentes Professores em Grupos de CINCO ALUNOS POR PROFESSOR e estão no Prédio anexo à Universidade ( Aulas Teóricas ) e ao Hospital Universitário Pedro Ernesto.
Os alunos melhores são indicados pelos Professores para outros Hospitais em Estágios permanentes.

- Os alunos da UERJ e a Equipe desta soube Trabalhar estes Cotistas, além do Mérito destes em aceitar e abraçar esta ajuda e Estudar muito, conseguindo chegar onde chegaram.
Sofreram no início, mas os que ficaram souberam aproveitar a oportunidade e mostraram que era aquilo mesmo que realmente queriam.
Meus Parabéns a todos vocês!

Meus Parabéns também à excelente UERJ! Como Pais de aluna de Universidade, nossa maior surpresa foi antes do início das aulas sermos convocados para uma Reunião de Pais.

Reunião de Pais em Universidade? O Auditório lotou: todos curiosíssimos.

Ali ficamos conhecendo toda a Equipe da UERJ, como funcionava o Curso de Medicina, a grande ausência dos nossos filhos de casa, tamanha a carga horária, as fases pelas quais passariam ( principalmente pelo Luto, quando começassem a lidar com as perdas de pacientes graves etc.... ), os sinais que deveríamos observar e solicitar ajuda do Serviço de Psicologia da Universidade, as escolhas das especializações etc.... e o apoio total tanto aos Estudantes quanto às Famílias.

Saímos dali com a certeza de que nossa Filha fez a escolha certa por esta Universidade e está colhendo seus frutos em sua Vida Profissional e Pessoal.

Continuo sendo contra as Cotas, pois é DISCRIMINAÇÃO com os NEGROS, ÍNDIOS, PARDOS. Todos têm a mesma capacidade e Inteligência.

Sou a favor de um Governo HONESTO e CONSCIENTE DOS SEUS ERROS: ESCOLA DE QUALIDADE E PROFESSORES TAMBÉM, para TODOS!

NÃO À DISCRIMINAÇÃO!

Rachel Bruno

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