Ascom SEA » Sandra Hoffmann
Ao participar hoje (9/8) da cerimônia de abertura da Conferência Regional de Meio Ambiente no Noroeste Fluminense, no Município de Natividade, o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, listou iniciativas do governo em benefício da região e anunciou, para outubro, a inauguração da Central de Tratamento de Resíduos (CTR) de São Fidélis, que receberá o lixo de sete cidades do entorno.
Numa expressiva cerimônia que reuniu 13 prefeitos do Noroeste e dois do Norte Fluminense para debater o tema Gestão de Resíduos Sólidos, Minc entregou para o prefeito de Natividade, Marcos Antonio da Silva Toledo, e para o secretário municipal de Meio Ambiente de São José de Ubá e presidente da Cosemma/NF, Bismarck José Ney, os Planos Municipais de Conservação e de Recuperação da Mata Atlântica de suas cidades. Os demais planos serão entregues para as outras cidades do Noroeste Fluminense até o final de agosto.
Elaborados pela Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), pela Associação Estadual de Municípios do Rio de Janeiro (Aemerj) e pelo Instituto de Estudos da Religião (Iser), os planos são instrumentos de planejamento e gestão que visam à conservação e recuperação do bioma Mata Atlântica.
Os Planos Municipais de Conservação e de Recuperação da Mata Atlântica orientarão políticas ambientais em uma região que possui alto potencial de expansão de áreas verdes e de implementação de políticas econômicas que beneficiem o produtor que mantiver florestas em pé.
Minc ressaltou que a região foi no passado muito maltratada e esquecida pelas autoridades, e que o atual Governo do Estado decidiu priorizar o Noroeste em muitas de suas políticas públicas.
Na área ambiental, o secretário anunciou ainda a implantação de 15 viveiros de mudas de Mata Atlântica – um em cada um dos 13 municípios do Noroeste e dois do Norte Fluminense, com capacidade de produção anual de 50 mil a 100 mil mudas.
Essas mudas serão fundamentais para o trabalho de reflorestamento das matas ciliares de rios da região, que será incentivado pela Secretaria do Ambiente com o pagamento por serviço ambiental promovido por agricultores cadastrados.
Minc destacou também obras no valor de R$ 600 milhões que deverão ser executadas em breve para resolver problemas de inundações em importantes cidades do Norte e do Noroeste Fluminense.
TRATAMENTO DE LIXO INTERMUNICIPAL
Com o apoio da SEA, as prefeituras do Noroeste Fluminense estão implantando duas CTRs para dar uma destinação adequada a todo o lixo urbano produzido na região. Além da iminente inauguração da CTR de São Fidélis – atendendo aos municípios de São Fidélis, Cardoso Moreira, Itaocara, Santo Antônio de Pádua, Aperibé, Cambuci, Italva e Miracema –, em breve será entregue a CTR de Itaperuna, para receber o lixo de Porciúncula, Natividade, Varre-Sai, Itaperuna, Bom Jesus do Itabapoana, São José de Ubá e Laje do Muriaé.
A subsecretária de Meio Ambiente de Natividade e secretária-executiva do Conselho de Secretários Municipais de Meio Ambiente do Noroeste Fluminense (Cosemma/NF), Maria Inês Tederiche, disse que a iniciativa resolverá um sério problema da região, que é a disposição inadequada do lixo:
“Já existe o Consórcio do Noroeste Fluminense que abrange 15 municípios, sendo 13 do Noroeste Fluminense e dois da Região Norte do Estado – Cardoso Moreira e São Fidélis –, para a gestão de resíduos sólidos. Além disso, começa a ser implantado no Noroeste Fluminense a coleta seletiva. Há projetos-piloto em Porciúncula e em Bom Jesus do Itabapoana”, afirmou Maria Inês.
Ao agradecer a presença do secretário do Ambiente no evento, o secretário municipal de Meio Ambiente de São José de Ubá e presidente do Cosemma/NF, Bismarck José Ney, ressaltou que seu município está também incentivando a coleta seletiva, anunciando para setembro o início de sistema de recolhimento de lixo reciclável.
PLANOS DE PRESERVAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA
Os Planos Municipais de Conservação e de Recuperação da Mata Atlântica – que preveem a participação ativa das populações dos municípios na sua formatação final – apontaram até agora que os 13 municípios do Noroeste Fluminense possuem 62,5 mil hectares de Mata Atlântica – 14% de suas áreas totais somadas. Além disso, têm potencial de reflorestamento de 74,9 mil hectares.
Como resultado da elaboração desses planos, o Noroeste Fluminense ganhou seis Unidades de Conservação. As áreas dessas novas unidades terão 19.584 hectares e vão proteger 295 nascentes e cinco espécies de animais ameaçadas de extinção. Para partes devastadas, está previsto o plantio de 24 milhões de mudas.
“Os remanescentes de Mata Atlântica ainda existentes e com alto grau de biodiversidade precisam ser preservados sob a forma de unidade de conservação. Os planos de conservação preveem uma série de ações de recuperação e de conservação e funcionam como catalisadores de politicas públicas”, explicou a superintendente de Biodiversidade e Florestas da SEA, Alba Simon.
“O próximo passo – continuou Alba – é orientar os municípios a apresentar projetos para obtenção de recursos no Fundo da Mata Atlântica, para a implementação das unidades, construir sedes e demarcar trilhas, entre outras iniciativas.”
UNIDADES MUNICIPAIS DE CONSERVAÇÃO CRIADAS
Porciúncula: Área de Proteção Ambiental (APA) Ribeirão da Perdição, com 6.141 hectares;
Natividade: Refúgio de Vida Silvestre (RVS) da Bela Vista Paraíso; 779,98 hectares;
Natividade: Monumento Natural (Mona) da Água Santa; 1.172,5 hectares;
Cambuci: Refúgio de Vida Silvestre (RVS) do Chauá; 4.439,7 hectares;
Aperibé: Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra da Bolívia; 1.667 hectares;
São Fidélis: Área de Proteção Ambiental (APA) Rio do Colégio; 5.384 hectares.
UNIDADES MUNICIPAIS DE CONSERVAÇÃO EM FASE DE CRIAÇÃO
Santo Antonio de Pádua: Monumento Natural (Mona) da Serra das Frecheiras; 1.558 hectares;
Itaocara: Serra da Caledônia; 845 hectares;
Itaocara: Serra do Cândido; 1.057 hectares.
Um comentário:
Blá...blá...blá...
Reuniões tem tido muitas, mas AÇÕES, não vi nenhuma ainda: Ribeirões do Paraíso do Tobias e Miracema imundos, cheios de lixo e recebendo esgoto " in natura "; Riachos e Açudes nas Propriedades Rurais secando por ausência total do INEA, mesmo nós procurando o e denunciando CRIMES AMBIENTAIS GRAVES...
Árvores que tenho visto plantadas são no acostamento da estrada Miracema - Paraíso do Tobias, colocando em alto risco a Vida de quem transita nesta estrada, já denunciada por mim no início do outro Governo a todos os Órgãos que pensei serem responsáveis; continuam sendo plantadas e ninguém faz nada!!!!!!
Os Barbados estão berrando sem parar na mata chamando chuva por falta de folhas e frutas para se alimentarem e não vi o Meio Ambiente tomar uma providência.
Fui sorteada em Projeto da EMATER-RJ, Proteção de nascentes ( só pode UMA! ) e só Deus sabe quando serei atendida, já que saí no 2º grupo de 10. Tenho várias nascentes e protejo por minha conta somente e o Açude pedi ajuda ao INEA dO INÍCIO DE 2010 a JUNHO/2012 e até agora NADA: SECOU e o vizinho continua desviando a água ( uma boa parte antes da entrada no açude, totalmente ilegal ) e não voltou ao curso normal como o era desde 1959 e a Secretaria de Meio Ambiente de Miracema teve um início muito bom e depois parou.
Hoje estou lutando junto à Justiça, o que me foi orientado desde o início por todos os advogados consultados e Polícia, mas não queria briga com vizinho...
A Água não é somente minha, pois sempre atendeu aos vizinhos abaixo da minha propriedade e desaguando no Ribeirão do Paraíso. Sempre meu Pai o Conservou, após sua construção e pagamento e depois que passou para mim, fui eu quem o conservou.
E o INEA não fez e não fa nada por ele, Açude. Não tem gente suficiente, mas fica sempre em reuniões.
Agora estão em reuniões quanto a Reserva Legal e ainda não sabem nos orientar em como fazer.
Meu desabafo é para que AJAM,
Rachel Bruno
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