Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) alertam que a flexibilização das medidas de isolamento social no estado do Rio de Janeiro poderão colocar em risco a população fluminense.
De O Globo:
Segundo os pesquisadores, sem vacina, o coronavírus continuará circulando e pode resultar em mais mortes. RJ tem 4.856 mortes e 44.886 casos confirmados de Covid-19.
Um estudo da Fiocruz indica que, mesmo com a restrição parcial ou total – o chamado lockdown – o coronavírus continuará circulando e qualquer nível de relaxamento resultará em aumento de casos e mortes. Segundo os pesquisadores, sem uma vacina ou medicamento para Covid-19, as medidas de distanciamento social serão necessárias por alguns períodos até 2024.
O número de infecções no RJ apresenta crescimento, mesmo que desacelerado, como mostra um gráfico feito por pela Fiocruz, que compara a evolução da doença no RJ, Brasil e Itália, país que teve que adotar medidas duras de restrição devido ao grande número de mortes.
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Gráfico da Fiocruz compara o RJ, Brasil e Itália — Foto: Reprodução/TV Globo
A curva da Itália está cerca de duas semanas adiantadas e pode ser utilizada como parâmetro para um possível cenário de evolução da pandemia no RJ.
Segundo a pesquisa, as restrições geram prejuízos, mas a não adoção pode resultar em graves impactos para a saúde.
“(...) a adoção das medidas de distanciamento social resulta em custos econômicos, mas adotá-las parcialmente ou renunciar a elas pode significar não só custos maiores, mas também graves impactos para a saúde. (...) Podem gerar dezenas de milhares de óbitos que seriam evitáveis."
O estudo aponta também que a fila para acesso a leitos de UTI ainda é um problema sério na cidade e no estado do Rio. No total, 298 pacientes esperam por leitos, sendo 220 para unidades de terapia intensiva.
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