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domingo, 24 de março de 2024

ITAPERUNA: A IDOSA DE 119 ANOS, MORADORA DE ITAPERUNA, ESTÁ SENDO ESTUDADA POR ESTUDIOSOS DA USP

Após completar 119 anos no último domingo (10), Deolira Glicéria Pedro da Silva bateu o recorde de pessoa mais velha do mundo. Moradora de Itaperuna, no Noroeste Fluminense, ela será estudada por pesquisadores do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-tronco da Universidade de São Paulo (USP), que buscam entender qual o segredo de sua longevidade.

Nascida em 10 de março de 1905, Dona Deolira quebrou a marca da espanhola María Branyas Morera, de 117 anos. Nascida em 1907, ela é considerada a pessoa mais velha do mundo pelo livro de recordes, o Guinness Book.

Um grupo de pesquisadores do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-tronco da USP decidiu estudar o caso de Dona Deolira. Para isso, o sangue da idosa será analisado em um dos laboratórios da universidade, em São Paulo.

Coordenada pela doutora Mayana Zatz, com apoio da doutoranda Monize Silva e do biólogo e pesquisador Mateus Vidigal, a equipe busca entender e descobrir sobre o segredo dessa longevidade da idosa.

Segundo Mateus Vidigal, chegar aos 100 anos é algo muito raro. De acordo com o último Censo, o Brasil conta com aproximadamente 37 mil centenários, o que representa 0,02% da população.

"A gente estuda sobre a população idosa há cerca de 10 anos e desde 2021 nós pesquisamos especificamente sobre as pessoas centenárias. No caso da Dona Deolira, a nossa pergunta principal é: como a genética contribui para a longevidade? Além disso, será que essa genética ajuda também na qualidade de vida? É isso que estamos buscando entender", disse Mateus ao DIA.

Deolira cresceu em Porciúncula, também no Noroeste Fluminense, e trabalhou na zona rural até os 80 anos. Há cerca de dois anos, ela se mudou para no bairro de Frigorífico, em Itaperuna.

"Nós sabemos que as questões ambientais, os cuidados com a saúde e a alimentação são muito importantes para a longevidade. Ela mora em uma região de interior, não tem tanto estresse como nas grandes capitais como Rio e São São Paulo. Isso também pode influenciar. Mas o nosso estudo é para saber se ela tem algum gene de resistência, de proteção, para chegar nessa idade excepcional", explica o pesquisador.

O sangue de Dona Deolira, inclusive, já está sendo analisado pelo grupo de pesquisadores, que vão seguir acompanhando a idosa ao longo dos anos. Segundo Mateus, eles vão ficar em contato com a família para estarem sempre atualizados sobre a saúde dela.

Uma das netas de Deolira, Leila Ferreira da Silva, de 63 anos, conta que um dos segredos dela é dormir cerca de 12 horas por noite. "Ela dorme até demais, acorda tarde, só lá para às 12h. Às vezes acorda de bom humor e tem dia que não quer conversa, como a gente né, mas ela interage, é comunicativa, gosta de cantar marchinha, rezar e sempre responde nossas perguntas. O que eu acho mais legal é que ela sempre lembra o nome do marido, mesmo depois de tanto tempo", contou ao DIA.

A idosa foi casada uma vez e ficou viúva há cerca de 20 anos. O casal teve sete filhos e três estão vivos, sendo dois homens e uma mulher. Deolira tem 17 netos, 40 bisnetos e 37 tataranetos.

*Reportagem do estagiário João Pedro Bellizzi, sob supervisão de Iuri Corsini

O Dia

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