FESTIVAL DE CINEMA DO RIO II

Apresentação do elenco, no microfone José Wilker e ao lado o diretor Vinícius Coimbra. Foto: Carmem

As notícias que chegam do lançamento do filme "A Hora e a Vez de Augusto Matraga", do diretor Vincícius Coimbra, que tem sangue miracemense, filho do miracemense Luiz Fernando Tostes Coimbra, são as melhores possíveis.

Carmem, esposa do Luiz Fernando, pai do Vinícius, enviou ao blogue matéria do jornal O Globo e de críticos de cinema que dão conta de que o filme fez sucesso na estreia. Escrevi "Matraga" na busca do Twitter e havia uma chuva de postagens elogiando o filme. 

No portal da Uol, Michele Gomes assina uma matéria intitulada "Com a bênção da filha de Guimarães Rosa, 'A Hora e a Vez de Augusto Matraga' é lançado no Festival do Rio", veja a introdução do texto:

A pré-estreia de "A Hora e a Vez de Augusto Matraga", de Vinícius Coimbra, gerou um consenso na plateia que lotava o cinema Odeon para prestigiar a Première Brasil, na noite desta sexta-feira. Todos ficaram maravilhados com fotografia, atuação, trilha sonora e adaptação do conto homônimo de Guimarães Rosa. Mas uma das pessoas dentre os espectadores era ainda mais gabaritada para comentar o filme: Vilma Rosa, uma das filhasdo poeta.

 Vilma Rosa disse ainda:

"Estou muito emocionada; chorei muito durante o filme. Posso assegurar que essa foi a melhor adaptação de um texto de meu pai já criada. A direção foi estupenda e o elenco maravilhoso. O mais interessante é que meu pai nunca conheceu o sertão, ele tirou essas histórias graças a uma imaginação fértil e aos causos que meu avô contava. Agora eu gostaria que alguém adaptasse 'Cara-de-bronze' para o cinema", disse Vilma à reportagem do UOL.

E Vinícius também foi entrevistado pela repórter:

Vinícius Coimbra ao lado pai, o miracemense Luiz Fernando. Foto: Carmem.

Coimbra, que chegou ao cinema já dizendo estar satisfeito por ter realizado o sonho de adaptar uma obra do qual é fã, pode comemorar aliviado a aceitação do público. O diretor trabalha na TV Globo com novelas e minisséries e, para o cinema, havia dirigido apenas dois curtas.

"Sou fã da literatura brasileira e já estava trabalhando no conto 'Campo Geral', mas fizeram a adaptação antes de mim. Fiquei inconsolável. Mas o conto sobre o Matraga é muito imagético e achei que ficaria perfeito no cinema. Além disso, eu me identifico muito com a história, que é sobre homens adultos. Estou satisfeito com o trabalho, que, para mim, ainda teve relações pessoais. Na época, eu era casado com a Vanessa (Gerbelli) e pude fazer direção de uma cena dela com nosso filho, que tinha dois anos".

Parabéns a todos os envolvidos, ao elenco e, claro, ao Vinícius!