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domingo, 30 de agosto de 2009

"O HOMEM DA CAPA PRETA" E OS PARALELEPÍPEDOS


Essa imagem é a capa do filme brasileiro, "famoso", cujo título é "O HOMEM DA CAPA PRETA", como era conhecido o político temido, da baixada fluminense, Tenórico Cavalcanti. Na imagem, o brilhante ator José Wilker, representando o político, com sua espingarda.
"As histórias que vovó contava" foi o título de um peça teatral apresentada em Miracema, sob a direção do irreverente Marcelino Tostes Padilha Neto. Então, vou usá-la aqui para demonstrar a importância dos professores e dos pais na transmissão de informações e na preservação da memória de nosso torrão. Pois, se conheço um pedacinho da história, ou do causo, que irei apresentar agora, nas palavras do miracemense BEBETO ALVIM, é porque tive essas pessoas para me contarem.
Hoje, passeando no blog do conterrâneo ("Moinho de Paz"), observei que o amigo estava a contar causos da terrinha e escolhi um dos causos para divulgar em nosso blog:

MIRACEMA DE ONTEM E DE HOJE

Li todos (e completamente) os jornais encadernados e preservados de tempos remotos de Miracema (creio eu, que estejam depositados no belíssimo Centro Cultural). Conversei muito com os “antigos” que, como verdadeiras entidades do conhecimento, disseminavam a capacidade de sua memória histórica. Porquanto tanto perquiri que acabei descobrindo “causos” curiosos, magnificentes e tenebrosos, até.
Um sempre me vem à memória. Nem tanto pela pessoa em si, por quem eu tinha reparos (?). Mas, talvez, por ela ter sido o “grande fiel da balança” desta história.
“O CONFRONTO DE DOIS GIGANTES POLÍTICOS
(MAIS OU MENOS SESSENTA ANOS ATRÁS)

Personagem 1: “Capitão” Altivo Mendes Linhares - figura extremamente importante no cenário político: miracemense (prefeito), estadual (prefeito da capital do estado- Niterói) e federal (senador da república).

Personagem 2: Tenório Cavalcanti de Albuquerque, alagoano, vereador, deputado estadual e federal – apregoava ter quase cinqüenta furos de balas em seu corpo; andava sempre com uma capa preta, sob a qual escamoteava a submetralhadora “lurdinha”.

Palco: Rua Direita de Miracema.

Ato: Defronte à farmácia do Sr. (Dr.) Azarias Gutterres , sobre o “pregão” citado pelo seu neto, Guilherme (Blog Logradouros de Miracema) , local que julgamos(pelo menos eu) ser o ponto central da cidade,armou-se um palanque para um comício do Cap. Altivo. Como ele era uma força crescente no estado, representando uma ameaça a outras hegemonias, o “homem da capa preta” resolveu invadir a “terrinha” com sua milícia no intuito de impedir a realização do evento. Dizem ter sido cena idêntica à dos faroestes. Do alto do palanque, o “Capitão” e seus seguranças; de outro lado (nas imediações da loja do Sr. Zé de Assis), o “Tenório” e seus asseclas.
Tchã! Tchã! Tchã! Tchã!

Final: O Tenório, o “todo-poderoso”, o “homem da baixada fluminense”, o “homem da capa-preta”, ficou a ouvir a oratória do “Capitão”, que não se intimidou com sua falácia e audácia.

MORAL DA HISTÓRIA (ANTIGA): O Homem marcou o seu território e o defendeu.

MORAL DA HISTÓRIA (ATUAL): Captem... miracemenses.

3 comentários:

Anônimo disse...

"A preservação do patrimônio cultural é a maneira mais prática de se conseguir essa qualidade de vida, pois ela amplia o espectro de variáveis a serem consideradas para a manutenção dos valores culturais e ambientais urbanos. Em cidades que não possuem mais a integridade de seus centros históricos a alternativa é a reutilização ou revitalização dessas áreas, a fim de viabilizar o sistema econômico através das melhores respostas socioculturais."(excerto de uma tese de mestrado, de Arquitetura, da UFSC)

Anônimo disse...

"Esses centros históricos são importantes áreas, pois foi a partir dali que a cidade se desenvolveu. No Brasil, a maioria desses núcleos geradores começou em torno de uma praça central, da qual partiam ruas e se estruturavam lotes e quarteirões.
Eles têm a vantagem de poder apresentar a posição de melhor acessibilidade à maior parte da cidade, e também de serem o local de maior referência para todas as pessoas. Ali elas trocavam idéias, exerciam suas práticas sociais, construíram equipamentos e serviços, e principalmente, foi onde cada um marcou sua época, registrando-a na memória (LOUREIRO, 2002:3). "

LOUREIRO, Fernanda Jane Furtado. Centros Históricos: a preservação da paisagem como manutenção da memória coletiva. Florianópolis. 2002.

Anônimo disse...

qualquer semelhança com fatos e acontecimentos não é mera coicidência é verdade PARE E PENSEM NO QUE PERMITEM QUE SEJA FEITO ...

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