O Brasil tem 235 cidades médias. Durante o século passado, o país sofreu um processo de urbanização acelerado e caótico.
Em 1940 éramos uma sociedade rural, em que 70% dos 40 milhões de habitantes moravam no campo. Em 2000, éramos 170 milhões de brasileiros e 80% viviam em cidades, concentrados nas regiões metropolitanas.
Em matéria divulgada na revista "Época", de maio de 2009, do jornalista Peter Moon, cujo título é também dessa postagem, o repórter apresenta dados curiosos sobre a sociedade brasileira.
Segundo a matéria, a concentração de pessoas nas regiões metropolitanas acarretou problemas bastante conhecidos: falta de moradia, acesso precário a serviços de saúde, milhões de crianças fora da escola, saneamento básico quase inexistente, caos no trânsito, poluição, desemprego e violência. O fato é que além disso, as novas tecnologias e um mercado de trabalho mais competitivo provocou mudanças significativos no fluxo de pessoas:
- o inchaço urbano, fez com que a classe média buscasse emprego longe das capitais, onde além de trabalho encontraram qualidade de vida. O destino foram as cidades de médio porte (de 100 mil a 500 mil hab.)
- fim do fluxo de nordestinos para o Sudeste.
Em 2008, um estudo do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apontou que essa fuga das metrópoles era um fenômeno nacional. "Entre 2000 e 2007, as cidades médias do Sudeste, Centro-Oeste e do Norte cresceram mais que as pequenas e grandes cidades."
Ainda, conforme a reportagem, o sociólogo Demétrio Magnoli, especialista em Geografia Humana, afirma que: "o principal crescimento populacional acontece hoje nas cidades médias, em todas as regiões do país."
Alguns dados não são novidade para ninguém, porém quando já analisados e confirmados após análise científica, servem de parâmetro para políticas públicas nas cidades médias, creio também nas pequenas cidades.
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