A expansão européia se potencializou no século XIV, principalmente através de Portugal. Isso se deveu ao fato de seu grande desenvolvimento tecnológico – o Infante D. Henrique foi seu maior fomentador -, mas também pela sua localização. Desde a descoberta da Ilha da Madeira em 1419/1420, dos Açores em 1427, passando pela travessia de Gil Eanes pelo Cabo Bojador na década de 1440, com o contorno do Cabo das Tormentas – depois Cabo da Boa Esperança -, por Bartolomeu Dias em 1488, a chegada de Vasco da Gama à Índia em 1498, e finalmente com a descoberta/achamento do Brasil por Cabral em 1500 se passaram quase cem anos. Mas a Espanha já havia descoberto a América oito anos antes. Mesmo que por acaso! Afinal, Cristóvão Colombo pensava ter chegado à Índia! Um fator que contribuiu muito para essas descobertas foi a tomada de Constantinopla em 1453 pelos turco-otomanos e seu bloqueio do caminho tradicional até as Índias. E quando se confirmou que se tratava de um novo continente, dá para imaginarmos o impacto que isso causou na população européia. E é essa imaginação que nos contagia quando se lê sobre a expansão marítima européia. É fascinante pensar o que se passava pela cabeça dos exploradores. Eram “pilotos” conduzindo seus barcos rumo ao desconhecido! Depois o processo de colonização! Ah se tivéssemos uma máquina do tempo.... Demoraria quase cinco séculos para que pudéssemos ter novamente essa sensação de descoberta: a corrida espacial do século XX.
(mapa restaurado e o original, de Diogo Homem, 1568)
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