Martin Shankleman, Da BBC News
Faxineiros em hospitais gerariam mais valor que banqueiros
Pessoas que trabalham fazendo faxina em hospitais têm mais valor para a sociedade do que os funcionários de alto escalão de um banco, concluiu um estudo britânico.
A pesquisa, feita pelo instituto de pesquisas New Economics Foundation, concluiu que o faxineiro de um hospital gera cerca de R$ 30 de valor para cada R$ 3 que recebe.
Já o funcionário do banco (aquele com salário anual a partir de RS$ 1,5 milhão) é um peso para a sociedade por conta dos danos que a categoria causou para a economia global, diz o estudo.
Os especialistas envolvidos no trabalho calculam que este trabalhador destrói cerca de R$ 21 para cada R$ 3 que ganham.
Recomendações
Altos executivos de agências de publicidade, por outro lado, "criam estresse", porque são responsáveis por campanhas que geram insatisfação e infelicidade, além de encorajar consumo excessivo.
E contadores prejudicam o país ao criar esquemas para diminuir a quantidade de dinheiro disponível para o governo, diz a pesquisa.
Já os profissionais em atividades como cuidar de crianças ou reciclar lixo estão fazendo trabalhos que geram riqueza para o país.
A equipe da New Economics Foundation usou uma nova fórmula para avaliar diferentes profissões e calcular a contribuição total que cada uma oferece à sociedade, incluindo, pela primeira vez, seu impacto sobre a comunidade e o meio ambiente.
A porta-voz da fundação, Eilis Lawlor, disse: "Faixas salariais com frequência não refletem o valor real que está sendo gerado. Enquanto sociedades, precisamos de uma estrutura de pagamentos que recompense os trabalhos que geram mais benefícios para a sociedade, não aqueles que geram lucro às custas da sociedade e do meio ambiente".
"Deveria haver uma relação entre o que recebemos e o valor que o nosso trabalho gera para a sociedade. Encontramos uma forma de calcular isso", completa.
O estudo da New Economics Foundation também faz recomendações para uma política de maior alinhamento dos salários com o valor do trabalho.
Reproduzimos essa reportagem pela profundidade, atualidade e pela necessidade que vemos de que as pessoas reflitam sobre as conclusões.
Fonte: Blog Nosso Futuro Comum
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