Se não há política pública, a própria adversidade gera novas estratégias. Estudos do IPEA revelavam que 50% dos jovens entre 16 e 25 anos de idade que procuravam emprego (a quase totalidade oriunda de famílias de baixa renda) não conseguiam absolutamente nada. O argumento: falta de experiência num mundo do trabalho absolutamente competitivo. O MEC deveria aumentar o tempo de permanência na escola. Cristovam Buarque até que tentou, quando ministro. Outra possibilidade seria adotar um amplo programa "Do Pré-Natal ao Primeiro Emprego".
Mas os adolescentes já reagem. O mesmo IPEA acaba de divulgar estudo em que revela que eles estão trabalhando menos e ficando mais nas escolas. E trabalhando menos, já que o mercado não lhes oferece emprego. Em 1998, 40% dos adolescentes de 15 a 17 anos APENAS estudavam. Agora são 52%. Se fosse liberal, diria que é a teoria das vantagens comparativas agindo sobre a ausência de governo.
Rudá Ricci
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