Lideranças políticas e religiosas e representantes de movimentos sócio-ambientais da região do Vale do Paraíba, Litoral Norte, Serra da Mantiqueira e da região fluminense se uniram na noite de ontem [30/11] no plenário da Câmara de São José para discutir os impactos de uma possível transposição na Bacia do Paraíba. Cerca de 500 pessoas participaram do evento.
Presente no encontro, o prefeito de São José, Eduardo Cury (PSDB) afirmou que embora não tenha tido acesso ao estudo, a possibilidade de transpor as águas do Paraíba é equivocada. "Penalizar quem faz o dever de casa é uma atitude equivocada e não resolve o problema da macrometrópole.
Em São José estamos fazendo nosso dever de casa e até 2012 estaremos tratando todo o nosso esgoto." Segundo Cury, a retirada de águas do Paraíba podem prejudicar o crescimento da região. Para o prefeito de Jacareí, Hamilton Ribeiro (PT), falta presença esclarecedora do Estado sobre a transposição. "Não percebemos iniciativas do Estado em recuperar a bacia do Tietê.
Hoje temos água sobrando, mas nas épocas de estiagem nossa capacidade diminui. Em Jacareí, obras de saneamento em realização vão tratar 70% do esgoto da cidade até 2011." A aliança em prol do Paraíba reuniu ainda os deputados Emanuel Fernandes (PSDB) e Marcelo Ortiz (PV) e os deputados estaduais Carlinhos Almeida (PT), Padre Afonso Lobato (PV) e a deputada Inês Pandelo (PT/RJ). "O problema é iminente e São Paulo tem que arrumar uma alternativa para abastecer a macrometrópole.
É preciso tomar uma decisão agora e uma das possibilidades é a de sangrar as águas do Paraíba. Existe água disponível, mas o comprometimento com o Rio de Janeiro impossibilita", disse o deputado Emanuel. Para Carlinhos, o fórum mostrou que há um grande consenso contra uma possível transposição das águas do Paraíba. "O Estado não fez sua lição de casa ao cuidar de seus mananciais, então deve reaproveitar da melhor forma os recursos hídricos que dispõe por meio de leis e medidas administrativas."
Fonte: Jornal O Valeparaibano - SJCampos, divulgado por Instituo SOS Rios do Brasil.
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