Foto: Rosewelt Pinheiro da Abril
O vice-governador e secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão, a secretária do Ambiente, Marilene Ramos, e o presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Luiz Firmino, reuniram-se esta tarde com os prefeitos de Angra dos Reis, Tuca Jordão, e dos municípios da Baixada Fluminense que foram atingidos pelas chuvas. A proposta era reiterar o apoio do estado a projetos de reconstrução das cidades afetadas e apresentar as alternativas emergenciais e a médio prazo para a solução dos problemas.
Marilene Ramos, que irá a Angra dos Reis nesta quarta-feira, acompanhada pela secretária de Assistência Social, Benedita da Silva, disse que a reunião serviu para criar um consenso sobre os pleitos que serão levados ao governo federal. Ela frisou que todos os prefeitos estão conscientes da necessidade de um trabalho em conjunto, para que essas tragédias não voltem a ser manchete nas próximas chuvas.
- Nós convidamos os prefeitos para discutir os projetos que serão levados ao governo federal, priorizando as ações emergenciais. Tenho certeza de que o presidente Lula e os ministros da Integração Nacional, Geddel Vieira, e das Cidades, Márcio Fortes, estarão de braços dados conosco na reconstrução do estado – afirmou Marilene.
Tuca Jordão chegou à reunião com uma proposta de construção de 800 unidades habitacionais, para alocar os moradores das áreas de risco. A expectativa do prefeito é de que as unidades sejam construídas no prazo de um ano. Na área de Monsuaba, por exemplo, serão 480 apartamentos. O vice-governador convidou o ministro das Cidades, Márcio Fortes, a visitar Angra ainda essa semana e avaliar o projeto das novas unidades. Pezão acredita que se pode chegar ao volume de três mil unidades, que, segundo o prefeito, seria necessário para abrigar toda a população em áreas de risco em Angra dos Reis. O assunto será tratado também com o presidente Lula em sua visita ao Rio, no próximo dia 13.
- Temos uma capacidade de investimento anual de R$ 40 milhões em Angra dos Reis. Pelo relatório de Avaliação de Danos (Avadan), que estaremos entregando amanhã (quarta-feira) para o governo estadual, o prejuízo foi de R$ 214 milhões. Isso significa que, se fossemos depender apenas de nossos próprios esforços, teríamos de ficar sem investir no desenvolvimento da cidade por mais de quatro anos. Nessa hora temos de ser pidão e a parceria com os governos estadual e federal é essencial para garantir uma situação melhor para a população – frisou Tuca Jordão.
Pezão acertou com o professor Luiz Pinguelli Rosa, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE/UFRJ), a parceria no monitoramento das áreas de risco de Angra dos Reis. Assim como os técnicos da Fundação Geo-Rio, da Prefeitura do Rio de Janeiro, que estão trabalhando na região, a COPPE estará fazendo relatórios constantes das atividades nas áreas mais sensíveis do município, o que permitirá uma ação preventiva mais eficaz.
- Estamos levantando com os municípios as necessidades de cada um. Até a próxima sexta-feira os prefeitos da Baixada entregarão um relatório com as suas demandas, que levaremos para o encontro com o presidente Lula no próximo dia 13. O governador Sérgio Cabral quer ver o que o governo federal pode ajudar e, se não chegar às cifras necessárias, abrir uma linha de financiamento para que as ações possam ser implementadas em todos os municípios – ressaltou Pezão.
Os prefeitos José Camilo Zito, de Duque de Caxias; Lindberg Faria, de Nova Iguaçu; Sandro Mattos, de São João de Meriti; Alcides Rolim, de Belford Roxo; Sérgio Sessim, de Nilópolis; e Arthur Messias, de Mesquita, trouxeram principalmente preocupações com relação à inundação de algumas áreas. O Estado apresentou um mapeamento das áreas de risco, encostas e várzeas, que não podem ser ocupadas, para evitar novos deslizamentos e enchentes. Zito comprometeu-se a publicar um decreto proibindo a edificação nas áreas apontadas como de risco, assim como busca uma solução para o caso de 50 famílias, na comunidade de Gramacho, que correm o risco de serem soterradas com novas chuvas.
- Estamos todos trabalhando de braços dados para resolver a situação. Pela primeira vez estamos todos unidos em prol da melhoria da região, o que demonstra que teremos sucesso – afirmou Zito.
Na Baixada Fluminense o principal projeto do estado é o de dragagem da bacia dos rios Iguaçu e Botas, com a recomposição das margens e a retirada de moradias irregulares. Segundo Marilene Ramos, são cerca de cinco mil famílias que precisarão ser removidas, para que as margens dos rios sejam urbanizadas, a calha do rio ampliada e, com isso, acabem as enchentes. Pezão lembrou que existem muitos projetos em todo o estado e garantiu que ações como as que estão sendo feitas nas comunidades que recebem obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – Manguinhos, Rocinha, Alemão e Pavão/Pavãozinho-Cantagalo – podem ser uma opção.
- Fizemos 3.720 desapropriações aqui na capital, transferindo moradores de áreas de risco para habitações dignas dentro da própria comunidade. Podemos ver com os prefeitos áreas que eles repassem ao estado, ou que possamos ajudar na desapropriação, para construir unidades habitacionais. Estamos trabalhando para que não tenhamos de chorar mais perdas – concluiu o vice-governador.
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Obras
2 comentários:
Parabéns ao Estado pelas iniciativas, mas gostaria que o mesmo Estado não esquecesse do Noroeste, que é a região que historicamente mais sofre com desastres naturais e antropogênicos.
Juliana Rodrigues
Verdade, Juliana! Compartilhamos de seu pensamento. Que venham logo os trabalhos p tratar os riscos na nossa região. Que zelem pela prevenção!
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