É verdade que não adianta buscar culpados, embora existam. As ocupações irregulares são realidades nas cidades brasileiras.
O êxodo rural, o atrativo das cidades e das áreas urbanas e a baixa renda da maioria da população vai construindo o cenário que desemboca em catástrofes como esta de Niterói.
Sempre é muito mais complicado a realidade desta ocupações nas cidades com elevações e morros. Nas baixadas, como da região de Campos, as cheias são mais comuns, mas elas têm um potencial destrutivo menor, porque permitem o abandono com mais perdas materiais que humanas. Nos morros os deslizamentos são quase sempre catastróficos.
A gestão das cidades é algo cada vez mais complexo, mesmo que haja recursos. É interessante observar a dissonância entre os técnicos e os políticos. Os últimos correm atrás de votos e, como isto acontece de dois em dois anos, o planejamento dos governos são quase sempre imediatos. Já os técnicos culpam os políticos reclamando da falta de atenção para seus alertas e suas propostas. Nem um nem outro estão corretos. A sociedade espera mais de ambos.
O êxodo rural, o atrativo das cidades e das áreas urbanas e a baixa renda da maioria da população vai construindo o cenário que desemboca em catástrofes como esta de Niterói.
Sempre é muito mais complicado a realidade desta ocupações nas cidades com elevações e morros. Nas baixadas, como da região de Campos, as cheias são mais comuns, mas elas têm um potencial destrutivo menor, porque permitem o abandono com mais perdas materiais que humanas. Nos morros os deslizamentos são quase sempre catastróficos.
A gestão das cidades é algo cada vez mais complexo, mesmo que haja recursos. É interessante observar a dissonância entre os técnicos e os políticos. Os últimos correm atrás de votos e, como isto acontece de dois em dois anos, o planejamento dos governos são quase sempre imediatos. Já os técnicos culpam os políticos reclamando da falta de atenção para seus alertas e suas propostas. Nem um nem outro estão corretos. A sociedade espera mais de ambos.
Tragédias como esta devem servir pelo menos para que cada um de nós reflita sobre a sua prática. Só uma participação mais ampla da sociedade na gestão das cidades pode ajudar a construir uma nova realidade que impeça que os prefeitos digam que não sabiam dos riscos e os técnicos não digam apenas o que fazer, mas que ajudem a construir a solução que acima de tudo é política, na viabilização e construção de cidades sustentáveis sob o ponto de vista ambiental e social.
Texto do professor Roberto Moraes, divulgado em seu blog. Roberto Moraes é blogueiro, engenheiro e professor do IFF de Campos.
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