O Instituto Trata Basil avaliou o saneamento de todas as cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes. Essa é uma área em que o Brasil apanha até dos vizinhos mais pobres da América Latina, como Paraguai e Equador, que têm indicadores superiores aos brasileiros. Hoje, apenas metade do esgoto do país é coletada e, desse total, só 30% recebem tratamento. Isso resulta em 5,4 bilhões de litros de esgoto despejados diariamente nos rios.
As cidades que se destacam no ranking, como Franca e Uberlândia, têm uma característica comum: há anos o saneamento é prioridade em seu plano diretor e os investimentos são regulares, independentemente da natureza do órgão operador - seja ele privado, municipal ou estadual.
A Sabesp, que atende vários municípios bem colocados no ranking, é também responsável pela gestão em Itaquaquecetuba, região metropolitana de São Paulo e a 60ª da lista, com apenas 3% do esgoto tratado.
Isso mostra que é a administração municipal - o prefeito mesmo - que faz a diferença.
Em Sorocaba, interior de São Paulo, a prefeitura investiu na última década 150 milhões de reais em saneamento, o que fará com que a rede de coleta de esgoto atinja 100% de cobertura em 2009 e o tratamento dos dejetos chegue a 96%.
O valor de políticas estruturadas é comprovado por Franca, que reduziu em 20 anos a mortalidade infantil, de 85 para 12 mortes a cada 1 000 nascimentos; e por Sorocaba, que despoluiu totalmente seu principal rio.
Fontes: Revista Exame, 14/05/2009; e Instituto Trata Brasil (veja o ranking do saneamento clicando aqui), divulgado no Blog SOS Rios do Brasil.
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