O governador do estado do Espírito Santo, segundo maior produtor de petróleo do país, defende a manutenção da divisão dos royalties como é hoje e luta para que as coisas sejam resolvidas politicamente. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Renato Casagrande disse:
A possibilidade de o Congresso Nacional derrubar o veto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e restaurar o projeto do deputado federal Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), repartindo entre todos os Estados e municípios os royalties do petróleo hoje exclusivos das regiões produtoras, pode criar uma espécie de constrangimento federativo, na visão do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).Como divulgou o blogueiro campista Roberto Moraes, o governador disse ainda ao jornal o seguinte:
O governador capixaba disse estar empenhado em conseguir uma solução política para o problema dos royalties, embora tenha "pronta" uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) para ser encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) no caso de não ser possível uma saída negociada no Congresso. "Nós já temos a ação pronta, mas nosso desejo é que a política possa resolver porque a política é muito mais forte do que uma ação judicial", ponderou.
Casagrande ressaltou que além de a compensação aos Estados e municípios produtores de petróleo e gás ser um direito constitucional (artigo 20 da Constituição de 1988), a mudança aprovada no ano passado e depois vetada por Lula modifica "contratos assinados", impondo "desequilíbrio financeiro e fiscal imediato" aos Estados produtores. Com perspectiva de chegar a 300 mil barris por dia de produção este ano, o Espírito Santo é o segundo maior produtor de petróleo do Brasil, perdendo apenas para o Rio de Janeiro (mais de 1,5 milhão de barris/dia). [Grifos Nossos]
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