A revista Poder de janeiro, de Joyce Pascowitch, traz uma entrevista com o mineiro Fernando Paulo Nagle Gabeira, ou como prefere o ex-candidato do PSOL ao governo do Rio, Jefferson Moura, o 'ex-gabeira'.
A entrevista foi bem interessante no sentido de ratificar a impressão ruim que tive na última campanha eleitoral, em que apesar de candidato ao governo do Rio, negava sua origem política de luta, com adesão ao candidato José Serra (PSDB), ao lado do antigo PFL, hoje DEM, de César Maia, que sempre combateu. Ficou esquisito, pelo menos para mim, quando disse que não era o momento de legalizar as drogas, bandeira que sempre trouxe consigo. Não que seja a favor ou contra, a blogueira acha o tema complexo demais, mas Gabeira mostrava que estava se despindo de suas principais e emblemáticas lutas políticas, para se integrar ao 'sistema', aproveitando o termo do filme "Tropa de Elite 2". Na entrevista, ao ser indagado sobre o tema da descriminalização das drogas, manteve-se sem uma resposta convincente.
Fala do PT, como fez em sua campanha, manifesta sua simpatia por Serra, sem por isso demonstrar tanto carisma, como de praxe.
O ponto alto da entrevista foi seu comentário a respeito do governo do Rio e principalmente quando cita uma relação entre Governo, Polícia e Empresas de Comunicação ou Governo, Comunição e Justiça.
No mais, fico com a mesma impressão que tive na campanha eleitoral, o Gabeira de antes onde foi parar? Foi vencido ou absorvido pelo 'sistema'? Desfigurou-se politicamente ao tentar, ciente da derrota eleitoral para o governo do Rio, usar os momentos de aparição na televisão fazendo campanha dupla, com força para o candidato a presidente José Serra. Como Gabeira, Caetano Veloso também não honrou suas origens políticas, deveriam ter conversado mais com Gilberto Gil.
No mesmo caminho seguem as cidades, os estados. Onde estão os líderes políticos brasileiros? Onde está o ideal que outrora 'moveu montanhas', revolucionou, inovou, planejou, construiu...?
É preocupante...
A partir de 2011 o líder do PV já tem acertado atuações permanentes no jornal "O Estado de São Paulo", na revista "Piauí" e diz que irá trabalhar como freelancer no ramo da fotografia. Diz ter algumas câmeras digitais, carro e R$25 mil guardados, por isso precisa trabalhar para pagar as contas.
Se tiver interesse, clique aqui e leia a entrevista na íntegra.
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