O deputado federal Anthony Garotinho, cacique do PR (Partido Republicano), divulgou no seu blogue uma mensagem importante e esclarecedora a respeito de seu posicionamento na votação do salário mínimo.
O texto começa com críticas à imprensa que, segundo ele, "fazem uma campanha permanente para desmoralizar o parlamento brasileiro".
Depois esclarece, que ao contrário do que a mídia aponta, os deputados votaram foi um projeto que fixa critérios de reajuste do salário mínimo para os próximos 4 anos. E não um projeto que estabelece valor para o salário mínimo.
Garotinho explica a regra defendida pelo governo, que apoiou, e que alcança em 2011 a cifra dos R$ 545, de acordo com o critério de reajuste utilizado (INPC de 2010 - último ano + PIB dos últimos dois anos). A inclusão do PIB no critério é justamente a parte de 'ganho real' do salário, que gera tanta polêmica, em virtude de perdas recentes - 2009 - em função da crise econômica mundial.
E finalmente, demonstra o motivo dos esclarecimentos que levou ao blogue, ao afirmar que não mudou de lado, nem capitulou ao defender as regras favoráveis ao que o governo Dilma pretendia. Garotinho disse:
_ A prova de minha independência é que na mesma noite em que foi aprovado o salário-mínimo votei contra a autorização para que a presidente fixe o valor do salário-mínimo dos próximos anos, por decreto, porque a Constituição brasileira é clara e diz textualmente “o valor do salário-mínimo será fixado anualmente através de lei”.
De certa forma, apesar de toda a mazela que envolve o nome de Garotinho, uns que o amam e outros que o odeiam, o posicionamento do deputado foi coerente. Portanto, entendo que esse é o posicionamento do PR.
4 comentários:
Amiga Angeline
É muito triste e constrangedora a atual situção política no Brasil.
Está bastante claro que o que realmente está em jogo não é mais ou menos um quilo de arroz com feijão a mais para 47 milhões de cidadões, mas sim o jogo Governo x Oposição.
Fala-se muito a respeito até mesmo com exaltação como se estejamos numa batalha patriótica, mas em verdade só para esconder nas mangas as cartas marcadas. Não se acrenta nada que realmente já não se possa saber, a favor ou contra.
O Senado nada mais fará que cumprir rodada, numa disputa que até o Juiz é do time do governo. A oposição sabe que não tem qualquer chanche de vitória, já entra em campo certa que será uma vez mais massacrada pelo rolo compressor do Governo, lutando apenas para registro histório e, se possível, perder por menos, como ocorre em todas as ditaduras ditas democráticas, como estamos ai vendo no mundo mulçumano.
A todo instante o que se vê nas duas casas do nosso Congresso é uma submissão total às ordens do Executivo, por mais constrangedoras que possam ser aos parlamentares. Quem de fato continua legislando é o executivo, como no tempo da ditadura militar.
Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.
Luiz Carlos,
Obrigada por sua participação e interesse.
Quanto aos problemas legislativos, concordo com você que o Executivo continua legislando. Porém, penso que nosso Legislativo carece também de representantes melhores, o que não adianta nos prendermos ao tema, porque é maior do que alcançamos.
O que temos buscado é a informação relativa às justificativas apresentadas pela oposição, 'semi oposição', ou situação, com relação ao que defendem.
Lamentavelmente, não encontramos nada com relação aos R$ 600 defendidos pelo PSDB.
Estamos registrando o que temos encontrado. Se bom ou ruim, não é o nosso foco, mas saber se fundamentam bem o que defendem.
Abs
Amiga Angeline
Nosso comentário não foi de crítica as matérias que tem divulgado a respeito, mas tão somente de não ficarmos omissos e muito menos meramente contemplativo diante de problama muito maior que é a nossa democracia.
Quanto às razões dos R$ 600,00 estão tão claras e justicadas, como as dos 545, 560 etc, desde a campanha eleitoral, mas são totalmente irrelevantes, como dissemos.
Acabamos de verificar numa sabatina na comissão própria do senado a dois novos diretores do BNDES.
Seja por falta do devido planejamento ou qualquer outra razão, com apenas apenas 2 h de trabalho, membros da bancada do Governo queriam cair fora, alengando a hora do almoço.
Ainda faltava a metade dos membros da Comissião para sabatiná-los.
Pois bem o rolo compresor aprovou a abertura da votação para que os interessados caissen fora, mas sem desagradar o governo e a sabatina continuou. Portanto, esta era mais para inglês ver, pois a decisão estava tomada sem ela.
Pior ainda foi o autitarismo de presidente da bancada do governo que levou dois senadores da oposição a se retirasse em sinal de protesto e uma senadora a criticá-lo, sendo por ele destratada.
A oposição nada objetara às duas indicações, inclusive as elogiara, apenas quis que se fizesse a sabatina e a votação após esta, como de costume e é mais que lógico.
São evidentes os prenúcios ameaçadoras á nossa pobre democracia.
Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.
Caro Luiz Carlos,
Sei bem que não seria sobre a matéria, porque sei do tamanho de informações que acompanha, como relatado.
O objetivo foi esclarecer, para evitar má interpretação.
Confesso que esse legislativo está uma lama.
Apesar de parecer esclarecido o fundamento da defesa dos R$ 600 não localizei nenhuma, para que pudesse lê-la. Solicitei a dois defensores importantes - Sen. Álvaro Dias (PSDB) e Dep. Roberto Freire (PPS) - o primeiro respondeu de forma insatisfatória e o segundo se calou.
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