Quando os parlamentares colocaram em votação nominal a emenda apresentada pelo PSDB para elevar o salário mínimo para R$ 600, ficou mais nítida a ampla maioria governista (que alguns duvidavam, como eu). A proposta foi negada por 376 votos; outros 106 parlamentares foram a favor e sete se abstiveram.Por partido, assim votaram:
PCdoB: 14 não, 1 sim
PDT: 20 não, 2 sim, 2 abstenções, 1 obstrução
PHS: 1 sim, 1 não
PMDB: 77 não
PMN: 4 não
PP: 40 não, 2 sim
PPS: 10 sim, 1 abstenção
PR: 36 não, 3 sim
PRB: 11 não
PRP: 2 não
PRTB: 1 não
PSB: 30 não
PSC: 17 não
PSDB: 48 sim, 2 não
PSL: 1 não
PSOL: 3 sim
PT: 78 não, 1 art. 17 (Marco Maia)
PTB: 21 não, 1 sim
PTC: 1 não
PTdoB: 4 não
PV: 12 não, 1 abstenção, 1 sim
6 comentários:
O triste é que eles podem receber 26, 7 mil e o povo não pode receber 560.
É o retrato do PT.
Pablo,
De fato é uma exorbitância assustadora, o salário dos deputados. O que não é compreensível é uma decisão que ao invés de racional e de acordo com a conjuntura, caminha pelo lado da demagogia e da política.
O mínimo defendido pelos serristas, ala do PSDB, é pura pirraça e dor de cotovelo dos derrotados na última eleição.
Felizmente, hoje nos gabamos de uma tal estabilidade econômica, que foi conquistada com base na redução expressiva dos indexadores excessivos que haviam e alimentavam a hiperinflação do passado. Hoje, o mínimo sofre indexação negociada, pré-estabelecida, não pode sair disso p virar chacota ou disputa demagógica de oposição.
Então vc acha que está bom?
Pablo,
Infelizmente, essa não é uma discussão matemática, de zero ou um, envolve inúmeros aspectos, muitos desconhecidos por nós.
A começar pela constituição que estabelece o direito a um salário mínimo, ela estipula várias finalidades para esse 'mínimo', como moradia, saúde, educação, alimentação etc. que de forma alguma esses valores (nenhum dos apresentados) atendem.
Pensando por aí, nenhum valor apresentado para votação (R$545, pelo governo; R$560, por outra banda; e R$600, pelos serristas) atende à necessidade básica que a CF/88 estipula para o salário mínimo.
O que chamo a atenção é com relação á conjuntura. Vivemos uma chamada "década perdida", em que não havia planejamento, orçamento, que conseguisse ser executado, porque havia uma inflação tão alta e avassaladora que destruía todos esses valores, diariamente. Esse famoso dragão, hiperinflação, era alimentado pela famosa 'memória inflacionária", alimentada por excessivos indexadores que existiam. Vários planos e pacotes econômicos tentaram combatê-la em vão. A diferença do chamado plano Real p os outros, foi que este, antes de instituir o Real como moeda, criou um indexador único, a URV.
Bom, daí p frente todos sabem que chegamos a uma estabilidade, falamos em planejamento de governo e estamos evoluindo nesse sentido.
Os aumentos regulares do salário mínimo, ao contrário do que vc quis retratar, foram implantados com acordo entre sindicatos e governo, pelo governo petista, que tem de certa forma trazido resultados positivos.
Ocorre, que além do que é acordado, qualquer aventura, como a dos serristas, de brigarem por R$ 600, é demagógica.
Esse é o meu pensamento. Ao invés de discussões racionais e conjunturais, o viés da discussão é político e demagógico. Isso não é bom para a sociedade.
Espero que tenha conseguido me entender, mesmo que discorde.
Perguntei ao Alvaro Dias ontem pelo Twitter, também ao Roberto Freire, sobre o que defendem, com relação à indexação, não obtive retorno. Por quê?
Se o aumento apenas gerasse maior poder de compra para os assalariados, estaria bom; porém, todos sabemos, que apesar de proibido, ele serve como referência para vários outros valores. Inclusive, aumentando custo de empregadores.
Amiga Angeline
Tentamos deixar este depoimento no seu blog. Caso não tenha ficado pedimos inclui-lo.
Esse papo de década perdida, de combate à inflação etc. etc. não tem nada que ver com um salário mínimo que apenas corrigeria a perda de poder aquisitivo do salário mínimo atual. Por outro lado tudo isto, tão explorado nestes dias, é fruto consequente do plano cruzado e de outras medidas de antes da atual era política.
Não importa se é valor de A, B ou C, mas o cumprimento de promessa antiga do governo que está ai, de aumento real a cada ano.
Tão pouco importa qual será nos anos futuros e sim neste, pois, para se chegar lá há que se sobreviver.
Deixando-se simpatias ou antipatias políticas de lado o que está em jogo são milhões de idosos e deficientes beneficiários da previdência social, além de trabalhadores, funcionários públicos municipais etc.
É um escárnio se exigir deles mais sacrifícios para não lhes dar uma merreca de ganho real, enquanto o resto da população esbanja em consumos até de suplérfuos e os que isto lhes estão impondo se macomunaram com o auto-reajuste astronômicos de seus ganhos, a começar pela dita ´´presidenta´´, inclusive a custa deles.
Não temos benefício algum pessoal com o valor do salário. Ao contrário pois dele depende o quanto pagamos a três trabalhadores por serviços que nos prestam.
Salve o Tiririca que entre ficar contra o interesse dos que o elegeram e o do todo poderoso governo, optou por ficar contra este. O que terão feito os que mais se elejeram com os votos dele.
Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.
Luiz Carlos,
Confesso que concordo com vc em dois momentos: qdo diz que não é discussão política, apesar de parecer no Parlamento, e quando diz que precisa haver um aumento real. Porém, qual é o valor que dá o aumento real? Seria esse o argumento dos parlamentares? Talvez de alguns, como os do PSOL!
Os relatos anteriores, são apenas para demonstrar ao comentarista anterior, que por baixo do angu há carne e temas como esses não se resolvem no 0 ou 1, achar bom ou ruim.
No mais, as discussões entre parlamentares, como postagem recente citando Alvaro Lins, são politiqueiras.
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