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sexta-feira, 18 de março de 2011

Crescimento da economia brasileira incentiva uso irracional de água

SÃO PAULO - O crescimento da economia e o aumento do consumo no País ajudam a elevar o uso irracional de água. E podem gerar problemas que interferem na economia global.
As conclusões são de estudiosos que elaboraram um padrão global para indicadores do uso da água doce. “O crescimento da economia brasileira deve aumentar significativamente o uso da água nas diversas atividades produtivas”, disse em nota o coordenador do Programa Água para Vida do WWF-Brasil, Samuel Barrêto.
Com isso, Barrêto acredita que, ainda que o Brasil tenha a maior reserva hídrica do planeta, é preciso uma boa governança para que não haja conflitos pelo uso da água.
“Problemas de água estão, muitas vezes, intimamente ligados à estrutura da economia global”, afirmou o professor de Gestão dos Recursos Hídricos da Universidade de Twente, na Holanda, Arjen Hoekstra.
“Precisamos desconstruir a percepção de que a água vem apenas da torneira e que simplesmente consertar um pequeno vazamento é o bastante para assumir uma atitude sustentável”, disse, em nota, o coordenador de Água Doce do Programa de Conservação da Mata Atlântica e das Savanas Centrais do The Nature Conservancy, Albano Araujo.

Pegada Hídrica

Para relacionar o consumo, a gestão e o comércio de água e, com isso, ajudar as sociedades a entender o quanto de água de fato é necessário para a produção de bens e para o desenvolvimento da economia, o professor Hoekstra criou o conceito de pegada hídrica.
De maneira geral, a pegada hídrica refere-se à gestão sustentável e eficiente da água. “A pegada hídrica está enraizada no reconhecimento de que os impactos humanos nos sistemas de água doce também estão ligados ao consumo”, explicou o professor da Escola de Engenharia da USP de São Carlos, Mário Mediondo.
“Muitos países têm exportado significativamente a pegada hídrica, importando bens com uso intensivo de água em outros lugares. Isso coloca pressão sobre os recursos hídricos nas regiões de exportação, onde muitas vezes os mecanismos de boa governança para a conservação e a racionalização da água são escassos”, enfatizou Hoekstra.


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