Essa foi uma notícia que causou espanto, até mesmo trouxe revelações. Rudá Ricci divulgou em seu blogue que Luís Carlos Bresser Pereira, ex-ministro do governo FHC, pediu a sua desfiliação do PSDB. Apesar de ter assumido vários ministérios, foi no Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado que marcou sua trajetória de mentor da implantação do Estado Gerencialista no Brasil, inspirado na Inglaterra, de Margareth Tatcher. A Nova Gestão Pública inaugurada no Brasil no governo FHC deve a Bresser Pereira toda sua elaboração, com inúmeros livros publicados.
Para a surpresa de todos ele deixa os tucanos e faz críticas no jornal Valor Econômico. Disse à jornalista Maria Inês Nassif entre outras coisas:
Eu estava fazendo a reforma gerencial, que era uma reforma essencialmente para fortalecer o Estado social, pois era a reforma dos serviços sociais e científicos do Estado. Mas fiquei surpreso com duas coisas dentro do governo: uma, que não havia nenhuma perspectiva nacional, não havia nenhuma distinção entre empresa nacional e estrangeira. Muito pelo contrário: Fernando Henrique dizia forte e firmemente que não havia essa diferença, que era tudo rigorosamente igual e isso é bobagem, é coisa que os americanos e europeus contam para nós, mas nunca praticaram. Aquilo me deixava muito incomodado. E a outra coisa que me deixou muito incomodado foi a política econômica.
E a oposição no Brasil mostra-se cada vez mais vulnerável. A saída de Bresser Pereira do PSDB mostra que os tucanos estão sem Norte, sem identidade, pois até mesmo a ideologia que representavam, através da atitude e da fala de um de seus mais expressivos representantes, é decadente. Isso mostra bem, o que esteve por trás das últimas eleições.
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