O STF decidiu por unanimidade pela constitucionalidade das cotas raciais nas universidades. O julgamento, que terminou por volta das 20h, tratou de uma ação proposta pelo DEM contra o sistema de cotas da UnB (Universidade de Brasília), que reserva 20% das vagas para autodeclarados negros e pardos. Leia mais sobre a decisão do STF aqui.
Comentário de Rudá Ricci:
Ok. Agora é legal e amparado pela Alta Corte. Mas ainda acho uma solução populista. Vou explicar.1) Do ponto de vista da concepção, é muito nítido que se trata de uma lógica pós-moderna, de fragmentação da noção de humanidade. Temos que lutar por direitos, que são universais. As cotas são políticas compensatórias e se apoiam na noção individualista do liberalismo de origem anglo-saxã.2) Do ponto de vista da luta contra o racismo, faz o negro explorado entrar pela porta dos fundos. Porque a vida do negro antes das cotas continua sendo uma declarada imposição à sub-humanidade. Racismo puro.3) Do ponto de vista do direito, continuamos com o jeitinho brasileiro. Por qual motivo não prendemos empresários racistas, como diz a lei? Por qual motivo não alteramos a política educacional, que atinge duramente os negros (são os que apresentam as piores médias de desempenho escolar na educação básica)?4) Do ponto de vista político, alguém mais poderoso que os negros, um branco, ganha como o Grande Pai. Paternalismo não liberta. Os negros se rebaixam e tentam copiar o discurso norte-americano que não absolutamente nada a ver com a constituição social, cultural e histórica do Brasil.Sinceramente: acho indigência política.
Um comentário:
Nota mil. Mil x mil.Tudo que quem tem sentimento - sem precisar ser um dos milhões de mulatinhos rosados ou negrões ("de alma branca") desse Brasil, gostaria de dizer e assinar. Parabéns. A cota é a prova de que o0 governo dá aos "beneficiados" por ela a pior escola, que infelizmente - salvo raríssimas...- se tornaram a pública. Parabéns. Abrsss Zé Maria Aquino
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