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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

CARNAVAL, CULTURA E POLÍTICA II

Bate-bolas na Praça Dona Ermelinda, Carnaval 2013, Miracema-RJ. Meramente ilustrativa. Foto: Charlene Freitas.

Dando continuidade ao tema que tanto me atrai, o Carnaval, reproduzo parte do artigo publicado no sítio "Tudo é Turismo":

CARNAVAL DE RUA:
“O carnaval brasileiro, carnaval de rua, com cordões, música, coreografia e fantasias, pode ser olhado como um grandioso espetáculo de massa (Beltrão)”, “um rito sem dono, porque é uma festa de todos. Todos podem misturar-se e trocar de lugar, na relativização típica das posições sociais que, para Mikhail Bakhtin, caracteriza os espetáculos verdadeiramente populares”.
A definição abre o trabalho “Samba no Pé – Alegria na avenida”, da professora Vanda Cunha Albieri Nery, sobre o carnaval de rua em Uberlândia (MG).
No Rio de Janeiro, o carnaval de rua ficou desaparecido por muito tempo. Por mais de 20 anos. Ele acontecia aqui, ali, acolá, mas um tanto acovardado, com medo de mostrar a cara, por causa da sensação de insegurança. Sem o “grandioso espetáculo de massa”, o carnaval carioca perdeu povo e ganhou a fisionomia da elite premiada com os camarotes da Marques de Sapucaí.
Em 2007, os foliões foram voltando, porque o Governo do Estado do Rio de Janeiro melhorou a sensação de segurança, recado que o Secretário de Turismo da Capital, Rubem Medina, soube entender e aproveitar. Apaixonado pelo tema e pelo Rio de Janeiro, o Secretário agiu, a despeito da má vontade do prefeito do seu tempo, César Maia, sujeito que tem a cara, a fisionomia, de uma quarta-feira de cinzas.
Em 2008, Medina deixou a Secretaria, mas o processo de incentivo do carnaval de rua ganhou velocidade com a eleição do Eduardo Paes para o lugar do César Maia. A equação encontrou as suas incógnitas: segurança, incentivo e espírito carioca. Ganhou o turismo, uma atividade econômica que, este ano, levou para as ruas da cidade, nos blocos de foliões, mais de 4 milhões de pessoas. A informação é da RIOTUR, que segundo o jornalista Eduardo Marini faz do carnaval de rua do Rio de Janeiro, o maior do mundo:http://noticias.r7.com/blogs/eduardo-marini/
O mais interessante de tudo isso é o fator multiplicador do carnaval de rua do Rio de Janeiro. Quando ele voltou aqui, voltou no país todo. Há cidades brasileiras que ao longo do ano não têm visibilidade para o turista, mas que agora, no carnaval, por causa dos foliões e da sua criatividade, ganham espaços de muito valor nas mídias.

A matéria completa pode ser lida aqui:  Carnaval de rua: 4 milhões no Rio; quase zero em Florianópolis.

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