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sexta-feira, 30 de abril de 2021

"CEDAE VENDIDA, POVO ROUBADO!"

Sob esse título, o ex-deputado federal pelo PSOL, hoje vereador do Rio, o professor de História, Chico Alencar, comentou no Facebook sobre o Leilão da Cedae. Abaixo reproduzimos o texto para reflexão, já que na postagem anterior, transcrevemos as informações da assessoria de comunicação do Governo do Estado do RJ.

A política entreguista e privatista liderada por Jair Bolsonaro, Paulo Guedes e Cláudio Castro venceu hoje. A Cedae foi roubada do povo fluminense, loteada em blocos e entregue à iniciativa privada por quase R$ 23 bilhões. A venda de uma empresa pública rentável para o Estado significa uma grande derrota para a população do Rio de Janeiro.

 Após diversas manobras dos governos estadual e federal e disputas judiciais pressionando pela privatização, o leilão de concessão foi realizado na Bolsa de Valores de São Paulo. Dois dos quatro consórcios envolvidos na disputa venceram: o Iguá, representado pelo grupo BTG, arrematou por R$ 7,286 bilhões o bloco 2; e o Grupo Aegea, representado pela corretora Ativa, levou o bloco 1 por R$ 8,2 bilhões e arrematou o 4 por R$ 7,203 bilhões. Esses três blocos abrangem bairros das zonas norte, sul e oeste e alguns municípios mais rentáveis.

Os grupos econômicos e financeiros ganharam o direito de explorar os serviços de água e esgoto nessas regiões por 35 anos. O curioso é que o bloco 3 não despertou interesse. Era o mais barato de todos e englobava bairros da zona oeste controlados por milícias. Pelo visto, ninguém quis se arriscar. Onde não há perspectiva de lucro não há interesse de empresários. Quem sai perdendo é sempre o povo.
A verdade é que, nos últimos anos, a Cedae vem passando por um processo de precarização proposital, com demissão de dezenas de profissionais técnicos e loteamento da empresa com indicações políticas. O objetivo era justamente sucatear os serviços para justificar a privatização.
A Cedae é uma empresa pública que gera receitas para o Estado. Em 2019, apresentou lucro líquido superior a R$ 1 bilhão. Em 2020, já sob a influência política do pastor Everaldo (do mesmo PSC de Wilson Witzel), a empresa deu um prejuízo de R$ 247 milhões e a crise da geosmina explodiu.
A privatização da Cedae não vai salvar o Rio da crise. Pelo contrário, é só mais um engodo para justificar a venda do nosso patrimônio. O que a Cedae precisa é de uma boa administração e deixar de ser usada como moeda de troca e barganha política.

Nota do Blogue: o Banco BTG Pactual foi fundado pelo ministro Paulo Guedes. Para saber mais, leia aqui.

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