Tem-se assistido ao retorno de atividades educacionais com mistura de ensino remoto e presencial, o denominado ensino híbrido. Muito se discute a respeito, muitos argumentos contra e outros a favor. Até mesmo epidemiologistas têm defendido o retorno às atividades. Mas, não existe um consenso sobre o tema.
No entanto, segundo o G1: "A Secretaria Estadual de Educação determinou, nesta sexta-feira (6), a suspensão das aulas presenciais nas escolas da rede estadual da capital e de mais 35 cidades do RJ por conta do aumento do número de casos de Covid-19. A suspensão vale para a próxima semana, do dia 9 a 13 de agosto".
Entre os 35 municípios fluminenses que tiveram as aulas suspensas pela Secretaria de Educação do estado do RJ, encontram-se todos os municípios do noroeste fluminense: Aperibé, Bom Jesus de Itabapoana, Cambuci, Italva, Itaocara, Itaperuna, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua, São José de Ubá e Varre-Sai.
Ainda segundo a matéria, os outros 56 municípios estão autorizados a oferecer aulas no modelo de ensino híbrido nas escolas estaduais. As unidades deverão realizar as adequações necessárias para cumprir os protocolos de combate a Covid.
Essa informação é pertinente no âmbito das escolas estaduais, mas vem a pergunta automática: e as escolas municipais e particulares?
Foi fartamente noticiado, inclusive neste blogue, a cobrança do MP-RJ junto às secretarias municipais da região noroeste fluminense, no sentido de regulamentarem, por meio de decretos, a retomada da atividade escolar híbrida. Teve município que sofreu até ação civil pública, por não cumprir com esse ritual.
Dos municípios da região, pelo que foi divulgado e até onde esta blogueira acompanhou, apenas o município de Itaperuna realizou uma discussão mais ampla com profissionais de educação, pais de alunos, especialista em saúde para depois organizarem a retomada, assim mesmo com regras determinadas. Os demais não noticiaram tão detalhadamente, o que deixou transparecer que houve pouco diálogo entre as secretarias, educadores, profissionais da educação e a comunidade escolar em geral.
No que diz respeito a nossa terrinha, Miracema, a blogueira enviou duas vezes mensagem ao secretário de educação, Charles Magalhães, solicitando detalhamento a respeito da excepcionalidade de escolha de bandeira vermelha para a retomada da atividade escolar, bem como se houve algum controle de infectados pelo vírus no período ativo de maio. No entanto, apenas obtivemos como resposta, que o retorno seria dado alguns dias depois. Até hoje nada recebi a respeito.
É preciso muita transparência para lidar com tema tão delicado, esperamos que as medidas estejam sendo tomadas de forma dialógica, com muito segurança e multidisplinaridade. Com a chegada da nova variante, os riscos se ampliam, acredito que os profissionais de educação ainda não tomaram 2 doses da vacina e assim, os riscos continuam altos.
Registro aqui a decisão da SEDUC-RJ como alerta a todos os envolvidos!
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