TEMOS OU NÃO O GOVERNO QUE MERECEMOS?
Por Terezinha Tostes Lopes
Por mais que eu viva, sobreviva à Covid sem me contaminar até agora, não posso entender as pessoas. Aconteceram duas manifestações em Miracema, uma impedida; outra bem estranha com possantes carrões jamais vistos por aqui. Um extremismo de assustar. Não vejo problema algum em se colocar, o problema está nas pontas. A falta de tolerância parece ser a grande razão e paixão de todos. O velho ditado, ou está comigo ou é meu inimigo, tomou conta da cidade. Do meu lado os santos, do outro os demônios. Quantas vezes nos enganamos com esses políticos? Aliás, raramente acertamos. Na verdade os demônios surgem depois que ganham nosso voto.
Precisamos acordar para uma verdade, os políticos, principalmente os maus, se criam com a nossa anuência. Não concordo em nada com aquele discurso tolo de que primeiro a gente vota, depois a gente tira. Isso é bem característico da falta de análise e preparo. Votar teria que se transformar em uma ação mais que fingidamente democrática. Por aqui se muda até o conceito de democracia para ganhar voto. Democracia só é possível com milhares de direitos garantidos anteriormente. Cidades menores criam uma pseudo-ciranda democrática resumida em favores, autorizações de exames de saúde, contratos temporários, caixões, churrascos e cerveja. Essas coisas juntas com mais outras extremamente “individuais" garantem alguns votos e uma perversa interpretação do conceito de democracia. Se eu dependo do político por algum tempo e o político depende de mim por um dia (dia de eleição) cada vez mais me afasto da democracia. Pagamos muito caro por conta dessa falta de um bom professor de sociologia, de história. Mas quem quer saber disso, se os eleitos jamais aceitarão ofertar para a geral a prática democrática? Isso mesmo, se o próprio político só pensa em se eleger e se está funcionando para eles, por que mudarão? Ou seja, quem pode mudar é uma minoria que tem ou teve oportunidade de praticar o que é melhor para a maioria. Quanto aos extremos , eu fi co pensando: por que tanto ódio, por que tanta paixão pelo ódio, por que alimentarmos as raposas e vermos crescer a fome do povo, a violência, o desemprego, assim como, o subemprego gerado pelos falsos messias e coroneizinhos?
NOTA DO BLOGUE:
Na coluna da direita o blogue mantém o link para o Jornal "Liberdade de Expressão", o jornal cultural de Miracema. Quem quiser acessar a edição de setembro/21 clique aqui.
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