Um levantamento da Firjan aponta que Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, é a segunda cidade do estado com maior produção de energia solar. O município fica atrás apenas da capital, segundo a pesquisa.
De acordo com a federação, é na Baixada Campista que o futuro já se faz presente na região, ou mais precisamente, nas cerâmicas. Isso porque, a localidade reúne a maioria das 44 usinas solares em fábricas de tijolos, 37% do setor, o que faz da Baixada o novo polo de energia solar da cidade.
Os números aumentam em meio às incertezas da crise hídrica e energética no país. Em cinco anos, a quantidade de instalações cresceu mais de 25 vezes em Campos, de acordo com o levantamento feito pela Firjan a partir de dados obtidos via Lei de Acesso à Informação.
O estado do Rio ocupa a sétima posição no ranking nacional de produção de energia solar, liderado por Minas Gerais, com conexões presentes em todos os 92 municípios fluminenses. O segundo maior produtor do estado, Campos, tem 2.811 pontos de geração distribuída via luz solar, termo utilizado para designar quem produz energia elétrica no local de consumo ou próximo a ele, contra 6.332 no Rio de Janeiro. Além de Campos, Itaperuna, no Noroeste Fluminense, é o quarto com mais consumidores-geradores, e Macaé, o sexto.
“Toda a região, por ser em grande parte uma planície, possui um grande potencial de exploração não só da energia solar, como também eólica. Essas iniciativas se somam às construções de termelétricas e a outros projetos em estudo pelo Porto do Açu, envolvendo fazendas eólicas offshore e plantas de hidrogênio que, ao lado do petróleo, poderão transformar a região na Capital da Energia do país”, afirma o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira.
No último mês de setembro, a segunda maior termelétrica do Brasil, a GNA I, entrou em operação no Porto do Açu.
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