Uma das coisas que faz esse blogue continuar vivo, que não percebo em outras redes sociais, é o aprendizado que ele proporciona. Exerce um papel de arquivo, que além de permitir pesquisas futuras sobre os temas abordados, sobre fatos ocorridos, também tem um papel de manter viva a busca, o aprendizado diário. Porque o material aqui divulgado requer que, muitas vezes, busquemos informações mais detalhadas, leituras adequadas e isso é um grande estímulo ao aprendizado. Pessoalmente, me faz passar por um importante processo pedagógico!
Dito isso, compartilho com vocês a live que integra um ciclo de debates denominado "Diálogos sobre Gestão Cultural", organizado e divulgado pelo Coletivo Gestão Cultural, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), cujo tema desse episódio é "Gestão da Cultura e Promoção de Liberdades".
Uma das debatedoras nessa live é a miracemense Cida Abreu, gestora cultural, ex-presidente da Fundação Palmares (2015-2016) e também é técnica em contabilidade e pedagoga com Especialização em Educação de Jovens e Adultos pelo Instituto Paulo Freire.
Segundo dados coletados do site institucional do PT, a miracemense, em 1998, fundou e presidiu o Movimento de Pesquisa da Cultura Negra de Miracema. Participou também do Movimento Social Negro Brasileiro, onde trabalhou em defesa do Patrimônio Material e Imaterial da Cultura Negra.
Na educação, coordenou o Pré-Vestibular para Negros e Carentes na Região Noroeste Fluminense, em parceria com a vice Reitoria Comunitária da UERJ (2000-2004). Foi também assessora da Fundação para a Infância e a Adolescência para Assuntos Étnicos Raciais – SUPERDir, do Governo do Rio de Janeiro.
Em 2010, recebeu o Prêmio Zumbi dos Palmares da Assembleia Legislativa do estado. Em parceria com a PUC-Rio, participou do mapeamento das Casas de Religião de Matriz Africana de Umbanda e Candomblé do Rio, rendendo o Prêmio Nacional de Direitos Humanos para a Casa do Perdão.
Colaborou com o lançamento dos livros Racismo no Futebol, da editora Ser, em 2012; e Políticas de Igualdade Racial, as Reflexões e Perspectivas, da ex-ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, editado pela Fundação Perseu Abramo, Secretaria Nacional de Combate ao Racismo do PT e Fundação Friedrich.
Coordenou ainda o projeto Festival de Cultura Negra Candanga, em 2014.
Representou o Brasil em reunião dos movimentos sociais no XI Fórum Social Mundial em Dakar, no Senegal. Juntamente com a ministra da Seppir, Luiza Bairros, coordenou a mesa de Ministros-Chefes de Estados, no Fórum Social Mundial de Dakar sobre empoderamento das mulheres negras no governo e na política, em 2011.
Militância partidária – Cida Abreu foi secretária nacional de Combate ao Racismo do PT , de 2008 a 2015, onde coordenou o Encontro de Negras e Negros do PT , o IX Encontro Nacional de Combate ao Racismo em Recife-PE, o I colóquio O PT a questão racial e o Movimento Negro, com a palestra magna da professora doutora Marilena Chauí, em 2012.
Foi membro do Conselho Curador da Fundação Perseu Abramo e organizou a I Jornada Nacional de Formação para o Combate ao Racismo do PT, também em 2012.
A live trata da cultura e sua manifestação de liberdade, o que está intrinsecamente conectado com o nível de democracia de um governo. Quanto mais antidemocrático, menos espaço para as liberdades, sejam de que natureza for, sobretudo da cultura, das artes, transgressoras por natureza. Afora isso, é destacado o prejuízo causado à democracia participativa, por governos autoritários, o que é demonstrado pela negação, cancelamento da oposição, como forma de restrição às críticas e às realidades obscuras.
A Profa. Cristina Costa, primeira a se apresentar na live, afirma que com a República, as ideias passaram a ser mais importantes. Assim, os donos do poder evitaram/am qualquer crítica, qualquer denúncia ou proposta de oposição. Ademais, os governos, passaram a controlar a oposição, a denúnica, a crítica! Censuram as ideias, o que infantiliza o público.
Até o presente, esse processo continua! Mesmo com o avanço da democracia participativa, convivendo com a democracia liberal, burguesa, representativa, observa-se que governos anti-democráticos ofuscam, criam objeções e não abrem espaço à participação social. Esse é um sinalizador importante do quão democrático ou antidemocrático é um governo!
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