Matéria publicada hoje pelo Estadão e pela BNews dá conta da farra do lixo com o dinheiro público, setor que passou a ser movido ao poder político-econômico e até mesmo de sistemas de segurança questionáveis.A BnNews informa que cidades com menos de 8 mil habitantes receberam até três veículos potentes em menos de um ano mesmo sem produzir resíduos suficientes para enchê-los; suspeita de sobrepreço atinge R$ 109 milhões.Nas mãos do Congresso e do governo, a compra e distribuição de caminhões de lixo para pequenas cidades saltaram de 85 para 488 veículos de 2019 para 2021.A distribuição de caminhões compactadores de lixo é usada por senadores, deputados e prefeitos para ganhar a simpatia e o voto dos eleitores de cidadezinhas pobres, que necessitam deste tipo de auxílio.Durante dois meses, o Estadão analisou cerca de 1,2 mil documentos referentes à aquisição desses veículos com verbas do orçamento federal, incluindo relatórios, planilhas e vídeos, num total de 7,7 gigabytes. Até agora, o governo já destinou R$ 381 milhões para essa finalidade.
Foram identificados indícios de pagamentos inflados. A diferença dos preços de compra de modelos idênticos, em alguns casos, chegou a 30%.
Em Alagoas, o senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL), em agosto, divulgou foto ao lado do caminhão de lixo na cidade de Minador do Negrão (AL), adquirido com recursos de emenda parlamentar do senador, o caminhão é um dos maiores disponíveis no mercado, com 15 metros cúbicos. Para encher o veículo, que custou R$ 361,9 mil, a cidade leva dois dias.
No ano passado, por exemplo, o governo adquiriu um modelo de caminhão por R$ 391 mil. Menos de um mês depois, aceitou pagar R$ 505 mil pelo mesmo veículo. Há casos também em que o governo recebeu veículos menores do que o comprado sem reaver a diferença de preço.
Do BnNews
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