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O município de Itaperuna é o quarto onde mais se investiu em energia solar em todo o Estado do Rio. Os dados foram compilados pela Firjan a partir de informações da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). De 2013 a 2021 – último ano em que esse tipo de informação foi divulgado –, a cidade recebeu R$ 75 milhões em investimentos de pessoas físicas e jurídicas.
“Esta é a alternativa para conseguirmos driblar o fornecimento intermitente de energia, um problema crônico contra o qual a Firjan vem lutando há anos. Mas é também uma solução para as altas contas de luz, o que ajuda a melhorar a competitividade da nossa indústria, gerando mais empregos para todos”, destacou o presidente da Firjan Noroeste Fluminense, José Magno Vargas Hoffmann.
A cidade do Noroeste também conta com a quarta maior capacidade de geração de energia a partir da luz solar (24,3 MW), segundo dados contabilizados até 2 de fevereiro deste ano. O município fica atrás apenas do Rio de Janeiro, Campos e Niterói – os dois últimos, com população cinco vezes maior do que Itaperuna.
Fábio Azeredo, proprietário da Elmet, empresa especializada em automação industrial e em instalação de placas solares, conta que houve um aumento de mais de 50% no ano passado.
“A demanda da indústria e do setor de Serviços, principalmente de supermercados, tem sido excelente. Acredito que dois fatores são fundamentais para esses números na cidade: a grande incidência solar e os problemas crônicos de energia na região”, disse Fábio, que também é presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico no Noroeste (Sindmetal Noroeste).
Norte Fluminense também em destaque
Com R$ 142,2 milhões, Campos é a segunda cidade do Estado com o maior montante de investimentos em geração de energia solar, no período entre 2013 e 2021. Macaé vem em sétimo, bem atrás de Itaperuna, com R$ 39,2 milhões. Campos tem ainda a terceira maior quantidade de placas solares apenas a serviço das indústrias, com capacidade de geração de 3,9 MW.
Financiamento de energia solar
A Firjan, por meio de seu Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC), assessora empresas com informações qualificadas sobre as linhas crédito disponíveis, desenvolvendo ações para facilitação do acesso ao financiamento e dialogando com os agentes responsáveis para o atendimento das propostas. Dessa forma, a federação busca contribuir para que as empresas tenham os recursos no volume e velocidade necessários.
“No ano passado houve um grande aumento de empesas em busca dessas linhas crédito, que serve para todos os portes. O primeiro passo para financiar o projeto de energia solar é ter um orçamento ou proposta técnico-comercial. Então é importante destacar que, no momento da simulação do crédito, o ideal é fazer com que a prestação do financiamento do projeto de energia solar seja similar à economia gerada pelo projeto. Dessa forma, o novo custo provocado pelas parcelas do financiamento será pago com a economia da própria conta de luz”, explicou Eduardo Trotta, especialista de Suporte de Investimentos da Firjan.
Da Folha de Italva
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