O roubo de grelhas (tampas) de bueiros tem se tornado comum nas cidades brasileiras. No mês passado o Jornal Nacional da Rede Globo divulgou uma matéria sobre o tema e mostrou a solução dada por algumas cidades.
Conforme a matéria, a cidade de São Paulo decidiu fazer uma troca. Em vez de ferro, grades de plástico reciclável, material menos atrativo. Salvador fez o mesmo. Vitória estuda a mudança. No Recife, a escolha foi por fibra de vidro, que, segundo a prefeitura, tem ainda menor valor comercial. Todo dia, Curitiba registra dois furtos desse tipo. Agora, vai usar concreto. Assim como Brasília.
Além de configurar crime contra o patrimônio público, é essa proteção que impede que o lixo arrastado pelas ruas nos dias de chuva prejudique o fluxo da água e o bom escoamento. No entanto, o que se observa, é que manter as grelhas no lugar certo se tornou um desafio para as cidades.
Esse desafio foi denunciado pelo vereador paduano Carlos Cunha (PTB), em suas redes sociais. Eu já consegui êxito em descobrir quem comprava bicicleta roubada de trabalhador nessa cidade, e agora quero descobrir quem está comprando as tampas de bueiros furtadas em diversas ruas. Esses dois [fotos] apenas numa rua no bairro Cidade Nova. A criatura que depreda ou furta patrimônio público, como tampas de bueiros, não tem consciência do perigo que tá fazendo outras pessoas passarem. Ao levar essa tampa, deixam o buraco aberto, podendo causar graves acidentes, ferir e até coisa pior. Esses dias roubaram na divisa e um carro se acidendou num bueiro com a tampa furtada. A prefeitura não dá conta de gastar para repor a tampa, isso gera gasto de dinheiro público. Para constar: um menino caiu num bueiro desses, e quase se feriu gravemente. Então, a gente precisa identificar o receptador que mantém o mercado criminoso de furtos, e prendê-lo, para que ele fale o autor dos furtos ou autores, relatou Cunha.
Segundo o JN, uma grelha que some, até que seja substituída, deixa um buraco que costuma virar lixeira. E quando a água vem, as galerias que ficam embaixo do asfalto entopem, atrapalhando o vai e vem nas cidades.
Pensando na segurança pública, um especialista lembra que a troca das grelhas não ataca a raiz do problema, mas pode ser um começo. Um professor de infraestrutura disse ao jornal, que defende que a preocupação com a criminalidade não deixe de lado a eficiência.
“Se você vai sair do ferro fundido, é importante pensar na robustez do elemento. Ou seja, ele tem que resistir bem às operações de manutenção, a tráfego em cima. Dependendo da situação, passa carga pesada em cima desses elementos, e ele tem que ser trabalhado do ponto de vista de você dar um desenho à peça que faça com que ela funcione bem”, professor de infraestrutura da FAU-USP.
Fotos do vereador Carlos Cunha.
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