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sábado, 25 de novembro de 2023

O EUCALIPTO VOLTARÁ A ATORMENTAR O SONO DO N E NO FLUMINENSES? REFLEXÃO E MOBILIZAÇÃO JÁ!

"Deserto Verde". Matéria do Prof. Marcos Pędłowski, geógrafo da UENF. Disponível em: https://blogdopedlowski.com/tag/deserto-verde/. Acesso em: 25-nov-2023.

Em maio de 2023, postamos nesse blogue uma matéria intitulada Governo do Rio e Firjan debatem políticas públicas para o desenvolvimento florestal no estado. Após a leitura, da matéria distribuída pelo Núcleo de Imprensa do Governo do Estado do Rio de Janeiro, veio-me a seguinte dúvida, que registrei ao final da postagem: 

Nota do blogue: ESTARIA O NOROESTE NOVAMENTE AMEAÇADO COM A MONOCULTURA DO EUCALIPTO?

Hoje encontrei uma pista de fonte segura, do blogue do Professor Marcos Pedlowski, Professor Associado da Universidade Estadual do Norte Fluminense em Campos dos Goytacazes, RJ. Bacharel e Mestre em Geografia pela UFRJ e PhD em "Environmental Design and Planning" pela Virginia Tech. Pesquisador Colaborador Externo do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais da Universidade de Lisboa.

Sob o título Firjan e o espectro do deserto verde no Norte e Noroeste Fluminense, Pdlowski alerta, sob o marcador DESERTO VERDE, que 

os planos de tornar as regiões Norte e Noroeste Fluminense em uma réplica do “Deserto Verde” implantado no Espírito Santo pela agora defunta Aracruz Celulose não são novos. 

Corroborou com essa ideia, a pesquisa de um de seus orientandos: "no ano de 2012, o orientando Felipe Correia Duarte defendeu a dissertação intitulada A expansão da monocultura de eucalipto no Noroeste Fluminense e seu potencial para a geração de conflitos socioambientais no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Políticas Sociais/UENF.

O Mestre Duarte detalhou as estratégias que estavam sendo empregadas pela Aracruz Celulose (que depois foi Fibria e hoje é parte do conglomerado da Suzano Papel) para convencer proprietários rurais a ingressarem nos seus programas chamados de “Fomento Florestal”.

A partir dessa INTRODUÇÃO, o Prof. Marcos Pedlowski DENUNCIA:
Agora, passados 11 anos desde aquela estudo rigoroso, recebo notícias que a Federação das Indústrias do estado do Rio de Janeiro (Firjan) está com planos grandiloquentes que envolvem o plantio de algo em torno de 260 a 600 mil hectares de eucalipto no Norte e Noroeste Fluminense. Os debates em torno desse projeto tem aparecido a conta gotas em notícias da própria Firjan, mas fui informado que recentemente houve uma reunião para estabelecer as estratégias para concretizar planos que prometem mudar dramaticamente a paisagem regional.

Com a verve científica que lhe é peculiar, municiada de estudos contínuos e prolongados sobre o tema, o professor Marcos tece comentários que devem ser conhecidos, lidos, discutidos, refletidos e os resultados devem mobilizar a sociedade o quanto necessário em defesa da vida:

  1. tudo o que não se precisa neste momento é de plantios massivos em duas regiões que já sofrem com escassez hídrica a ponto de se estar tramitando um projeto de lei, o PL 1.440/19, de autoria do prefeito Wladimir Garotinho, quando era deputado federal, que visa caracterizar o Norte e o Noroeste Fluminense como regiões de clima semiárido. Como existem estudos que mostram o papel nefasto que os plantios extensivos de eucalipto sobre os recursos hídricos em função da demanda dessa espécie por água, sequer pensar em instalar este tipo de atividade no Norte/Noroeste Fluminense é um completo absurdo. Sobre o PL, o blogue destaca que foi votado recentemente, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, sob a relatoria do senador do RJ Romário (PL). Veja mais aqui.
  2. as plantações de eucalipto em escala industrial não apenas escasseiam os recursos hídricos, mas contribuem com a elevação da poluição aquático em função do alto uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos.  Assim, além de termos a perspectiva do escasseamento da água, haverá ainda o aumento da poluição química. 
  3.  terceira questão se relaciona ao aumento do êxodo rural, visto que a expansão da monocultura de árvores está diretamente associada à expulsão de populações rurais que ficam incapacitadas de obter seu sustento por causa da hegemonia de uma forma particularmente ostensiva de utilização dos solos e recursos hídricos.
  4. Como tive minha atenção chamada para esta tentativa da Firjan de realizar ou participar da expansão desenfreada do eucalipto em nossa região, a minha expectativa é falar mais sobre este assunto. Desde já deixo clara a minha oposição à mais essa tentativa de implantação do deserto verde, quando o que se realmente precisa é de sistemas agrícolas que produzam comida saudável .

NOTA DO BLOGUE:

Sobre esse trecho "além de termos a perspectiva do escasseamento da água, haverá ainda o aumento da poluição química", destaco que há municípios do noroeste fluminense supostamente se utilizando de rejeitos e refugos da produção de papel sobre o suposto pretexto de húmus ou nutrição para o solo. Mesmo sob denúncia não se tem notícias públicas de qualquer ação dos órgãos envolvidos para evitar a também suposta contaminação e dar segurança à vizinhança e à população da regularidade e legalidade do uso do referido rejeito da produção de papel na natureza.

Onde estariam: INEA-RJ, Secretarias de Meio Ambiente, Saúde, Conselhos Municipais Gestores Meio Ambiente, Saúde; além dos conhecidos órgãos de controle? 

AGORA, é momento da união de todos, sociedade, governo e empresas, é PRECISO DEBATE PÚBLICO antes que o pior ocorra.

2 comentários:

Tânia de Martino Salim disse...

Seríssima, gravíssima e oportuna esta DENÚNCIA! A comunidade precisa acordar e reagir.!

AngelMira disse...

O assunto é seríssimo, é preciso que a sociedade organizado assuma o controle. Não pra acreditar em políticos e órgãos de controle sem união popular.

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