"O ENCONTRO COM O TEMPO"
* Dimitri Braga Azeredo
"Em algum tempo, que ninguém precisamente sabe qual é, existiu um menino. Ele tinha a pureza de todas as crianças e também, algo que o fazia diferente dos demais, era guiado pelo vento.
Certa vez, seu guia soprou forte e o menino deparou-se com um túnel. A curiosidade empurrou-o a ele. O lugar era escuro. Vento já não havia e o menino andava, caminhava sem sonhos. Noção do tempo já não tinha. Então, encontrou uma pequena faixa de luz e nela se viu diferente. O tempo que passara não era pouco, porém, ele não desistia e permanecia a caminhar ao encontro da saída. O desejo de encontrá-la superava sua fome e sede.
E o tempo foi passando até que ele encontrou uma fenda e uma pequena poça de água cristalina. Ao levar as mãos ao rosto, percebeu que seu semblante estava bem diferente e que seus cabelos, agora branqueados refletiam-se na água.
Continuou a caminhar. Voltar nem pensar. Suas pernas doíam. Entretanto, tinha a certeza de que encontraria a saída. E o tempo foi passando e o menino que já não o era, deparou-se com uma imensa luz. Enfim, era a saída. Nada porém, estava como antes, nem o vento, nem o céu, nem mesmo o velho menino.
Então, restou-lhe apenas deitar à sombra de uma frondosa árvore, e esperando o vento que já não vinha, decidiu tornar-se ele próprio o vento."
Certa vez, seu guia soprou forte e o menino deparou-se com um túnel. A curiosidade empurrou-o a ele. O lugar era escuro. Vento já não havia e o menino andava, caminhava sem sonhos. Noção do tempo já não tinha. Então, encontrou uma pequena faixa de luz e nela se viu diferente. O tempo que passara não era pouco, porém, ele não desistia e permanecia a caminhar ao encontro da saída. O desejo de encontrá-la superava sua fome e sede.
E o tempo foi passando até que ele encontrou uma fenda e uma pequena poça de água cristalina. Ao levar as mãos ao rosto, percebeu que seu semblante estava bem diferente e que seus cabelos, agora branqueados refletiam-se na água.
Continuou a caminhar. Voltar nem pensar. Suas pernas doíam. Entretanto, tinha a certeza de que encontraria a saída. E o tempo foi passando e o menino que já não o era, deparou-se com uma imensa luz. Enfim, era a saída. Nada porém, estava como antes, nem o vento, nem o céu, nem mesmo o velho menino.
Então, restou-lhe apenas deitar à sombra de uma frondosa árvore, e esperando o vento que já não vinha, decidiu tornar-se ele próprio o vento."
*O autor é miracemense e o texto foi publicado em nov/2008, quando o autor cursava o 3º ano do Ensino Médio.
Postado no Blog LOGRADOUROS DE MIRACEMA em 06/02/2009 10:10:00 PM
Um comentário:
Muito interessante o conto...
É de estudantes assim que podem mudar nossa educação, é so tem pouco de força de vontade e um empurrãozinho do governo ( oq infelizmente hoje não ocorre ), que todos nós vamos poder mudar um pouquinho do mundo !!!
Gostaria de ter o exemplar onde foi divulgado o Conto... Parabéns ao rapaz...
A educação nacional hoje está um caus, no estado então nem se fala, e é de jovens assim que mesmo implicidamente algumas vezes, declaram que tem esperanças... Muito bom mesmo, transmita ao jovem meus parabéns !
Beijo, beijo !
Aline Alvim.
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